Brazil
March 19, 2007
O primeiro trimestre de 2007 dá
uma mostra positiva de avanços na Área de Relações
Internacionais (ARI) da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
especialmente na conquista de novos parceiros e na revitalização
de acordos fechados com importantes organismos de ciência e
tecnologia. Um exemplo disso se deu nesta segunda-feira (19),
com ajustes para uma parceria estratégica à Embrapa: a
cooperação bilateral com a
Chinese
Academy of Agricultural Sciences (CAAS), da China.
Na reunião, o presidente da CAAS, Huhu Zhai, disse ao
diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, que há grande
expectativa em instalar naquele país uma estrutura semelhante a
do Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior (Labex), como os
existentes nos Estados Unidos e na Europa. Segundo Zhai, a
instituição chinesa colacaria à disposição toda a
infra-estrutura da academia para dar início aos trabalhos de
pesquisa.
Para fortalecer a aproximação entre as duas instituções pelo
menos três pontos ficaram acertados entre a missão da CAAS -
instituto com sede em Beijing e uma rede de 39 centros de
pesquisa em diferentes regiões da China- a diretoria da Embrapa
e pesquisadores da ARI.
O primeiro deles trata justamente da sugestão dos pesquisadores
Huhu Zhai e Lubiao Zhang (diretor do departamento de cooperação
internacional do CAAS) de estabelecer um modelo similar ao das
representações do Labex, mantendo na China um grupo de quatro ou
cinco cientistas brasileiros para desenvolver projetos
conjuntos. “Também haveria intercâmbio desse pessoal,
treinamento e capacitação”, observa o diretor-executivo da
Embrapa, Geraldo Eugênio de França.
Segundo França esse intercâmbio deverá ocorrer a curto prazo, o
que pode significar que ainda em 2008, pesquisadores brasileiros
e chineses estejam trabalhando juntos. “A presença da Embrapa na
Ásia é muito importante, principalmente na China”, destaca
França.
Segurança alimentar e agroenergia
Na prática, as duas instituições firmaram um memorando de
entendimento há dois anos, que será atualizado a partir deste
encontro. “Esse é o principal passo para desencadear a parceria
nos outros dois pontos de interesse dos representantes da CAAS:
segurança alimentar e agroenergia”, explica Geraldo Eugênio de
França. Pelo documento assinado em 2004, tanto Embrapa como a
CAAS se comprometeram a trocar germoplasmas de amendoim, algodão
e milho (de interesse dos chineses), soja, hortaliças e trigo
(buscados pelos brasileiros). Isso continua ocorrendo e será
intensificado com acréscimo de outras itens ou culturas, a
partir da atualização do memorando, conforme informa o
diretor-executivo.
A missão chinesa também esteve reunida com pesquisadores da
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF), quando
conheceram as linhas de pesquisa dessa unidade.
A CAAS: instituição que reúne 39 institutos de pesquisa, conta
com um quadro de 10 mil pessoas, sendo 6 mil pesquisadores. Tem
sede no distrito de HaiDian, em Beijing.
A instituição tem cooperação com 68 países e 11 instituições
internacionais, dentre elas o Grupo Consultivo de Pesquisa
Agropecuária Internacional (CGIAR)
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