Brazil
March 18, 2009
A certificação e beneficiamento do
algodão em consórcios agroecológicos é o tema central do sexto
módulo do curso de formação que a
Embrapa Algodão
promove, visando a capacitação de técnicos das organizações
não-governamentais AS-PTA – PB, DIACONIA , SABIÁ, COEP e
ARRIBAÇÃ. O curso acontece no período de 18 a 20 de março no
Convento Marista de Lagoa Seca (PB).
Na manhã do dia 18, os participantes terão um módulo sobre a
“Organização para a certificação”, com os facilitadores Maria
Valdenira Rodrigues e Pedro Jorge Lima, que vão discutir sobre
temas como a certificação como imposição do mercado. Quando é
necessário certificar um produto, para que, para quem? As formas
de certificação. Conceitos, legislação e normas. A prática da
certificação orgânica: normas, cadastro de agricultores,
inspeção, custos e exigências de trabalho e organização.
Certificação participativa: possibilidades e limites.
Certificação no Comércio Justo. “A idéia é preparar os técnicos
para saber como proceder este ano para a certificação da pluma
orgânica”, diz o pesquisador Melchior Batista, um dos
organizadores do evento.
No período da tarde, o curso vai tratar da certificação do
algodão orgânico, orientando os técnicos como repassar
informações para os agricultores e qual será a participação dos
agricultores no processo de certificação. Na quinta-feira, 19, o
curso aborda o beneficiamento do algodão orgânico, com a fala de
Lima sobre a experiência da ADEC / ESPLAR com beneficiamento.
Ele deve tratar ainda dos parâmetros para o beneficiamento do
algodão (algodão em rama, pluma) e dos equipamentos para
beneficiar e processar algodão. Pedro Jorge deverá falar também
sobre as exigências de qualidade no algodão. Ele vai mostrar
exemplos de máquinas e implementos como o descaroçador manual,
fuso, roca de pedal elétrica; descaroçadeiras, fiação, tecelagem
e confecção .
No período da tarde os participantes vão conhecer in loco o
beneficiamento do algodão de produtores da região de Juarez
Távora, onde vão presenciar o trabalho de beneficiamento de 200
kg de algodão em rama e farão uma discussão com os operadores e
responsáveis. Na sexta-feira, dia 20, acontecerá uma sessão de
intercâmbio na equipe técnica , com o relato da situação do
projeto nos territórios do Apodi, Cariri e Pajeú.
O evento prevê ainda uma rodada de discussões sobre situação de
cada comunidade de referência. Os técnicos farão uma reavaliação
do projeto, visando melhorar a organização da equipe e definir o
calendário das próximas formações de técnicos e agricultores.
“Vamos discutir a escolha de 10 comunidades vizinhas e a
abordagem das visitas de intercâmbio no próximo módulo de
formação”, acrescenta Batista. Discutirão ainda detalhes do
encontro semestral dos 5 territórios e a metodologia de formação
dos agricultores à luz das “Escolas de Campo”. |
|