Brasília, Brasil
October 21, 2006
Thiago Brandão e Raquel
Mariano, Agência
Brasil
A
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
auxiliará o Ministério
da Agricultura, com o monitoramento por satélite, na
fiscalização de plantações de soja não certificada.
“O sistema de monitoramento identifica campos de soja
desconhecidos e permite que equipes do ministério façam a
fiscalização no local”, explicou Demerval Viana, sub-gerente de
cultivo de sementes e mudas da Embrapa, em entrevista ao
programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
Segundo Viana, os satélites utilizados pela Embrapa registram
imagens de plantações em um raio de 180 quilômetros. Essas
imagens permitem a diferenciação de mudas de soja das de outras
plantas. “Elas mostram o terreno, a umidade, a cor da planta e
do solo. Com isso, conseguimos saber quando as sementes foram
plantadas e qual a situação das mudas”, disse. Os campos de
produção serão fotografados via satélite a cada 15 dias.
De acordo com Ywao Miyamoto, presidente da Associação Brasileira
de Sementes e Mudas (Abrasem), “as sementes precisam ter origem
conhecida, precisam ser fiscalizadas pelo ministério e devem ser
certificadas. Se não há isso, não são consideradas semente,
tratam-se apenas de grãos de soja ensacados e vendidos para
plantação”.
As sementes não certificadas (ilegais), acrescentou Miyamoto em
entrevista à Agência Brasil, são vendidas a um preço menor e o
produtor, na maioria das vezes, as compra de boa fé. “O
agricultor pensa que está saindo no lucro, mas os prejuízos são
grandes. As sementes, às vezes, nem chegam a germinar. São
gastos, em média, 75 quilos de grãos por hectare, com sementes
ilegais. Com sementes certificadas, que são atestadas, o gasto é
de 50 quilos por hectare”.
Miyamoto também explicou que as sementes certificadas têm
garantia de “sanidade, pureza, beneficiamento e germinação” e
recebem um atestado do Ministério da Agricultura. “No preço
dessas sementes está embutido o pagamento de royalties às
empresas que as desenvolveram. Uma delas, no Brasil, é a
Embrapa. Novas pesquisas, que fazem avançar a produção agrícola,
são financiadas por esses royalties”, disse.
RELATED RELEASE:
Embrapa vai usar
satélite para identificar produção de sementes piratas
Source:
CropBiotech Update
EMBRAPA to assist Brazil's Ministry of Agriculture in monitoring
uncertified soybean seed
The Brazilian Agricultural Research Corporation (EMBRAPA) has
announced plans to assist the Ministry of Agriculture in
monitoring soybean fields to ensure only certified biotech
soybean seeds were used for planting. The monitoring system will
avail of the use of satellites to register images of plantations
every 15 days, able to detect unregistered, illegal soybean
fields. Seeds used for planting must have a known origin, be
certified, and be registered with the Ministry of Agriculture to
be legal.
Ywao Miyamoto, the president of Brazil's Seed Producers
Association (Abrasem) explained that uncertified seeds are
available at a lesser cost in the black market, and are often
purchased by farmers in good faith. However, uncertified seeds
sometimes fail to germinate, and on average 75 kilos of illegal
seeds per hectare are required instead of 50 kilos per hectare
of certified seeds. Certified seeds also have a guarantee of
“health, pureness, and germination”. The price of approved seeds
also includes royalties to the companies who developed them. One
of these, in Brazil, is EMBRAPA. Royalties are required to fund
further research aimed at improving agricultural production. |