Brasília, Brazil
December 13, 2006
Brazil to
include GM risk assessment in formal university training |
Source: CropBiotech Update
Brazilian graduate
entomology students are receiving for the first time
formal training in the evaluation of risks to Brazilian
biodiversity derived from the introduction of
genetically modified organisms (GMOs). The 5-day course
was conducted by specialists from the following
institutions: the Brazilian Agricultural Research
Corporation (EMBRAPA) Genetic Resources and
Biotechnology; EMBRAPA Maize and Sorghum; EMBRAPA
Environment; and the Federal University of Viçosa (UFV).
These specialists are member of GMO-ERA, an
international project aimed at perfecting existing
methodologies and at developing new tools for the
analysis of environmental risks of introducing GMOs.
GMO-ERA is an initiative funded by the Swiss Agency for
Development composed of 260 scientists working in public
institutions, more than 70% of which represent
developing countries.
“We aim to adapt and integrate the tools developed by
the GMO-ERA into the program of formal courses in
Brazil,” said Eliana Fontes from EMBRAPA. Ultimately,
the courses will be extended to other disciplines, such
as agronomy and biology. |
Pela primeira vez no Brasil,
alunos de pós-graduação receberam treinamento formal em
avaliação de riscos da introdução de organismos geneticamente
modificados (OGM’s) na biodiversidade brasileira. O curso foi
ministrado durante cinco dias por especialistas brasileiros em
análise de risco e impacto ambiental de organismos transgênicos
aos alunos de pós-graduação do curso de entomologia (campo da
ciência que estuda os insetos) da Universidade Federal de Viçosa
(UFV), MG. Os instrutores incluíram pesquisadores de várias
unidades da Embrapa: Eliana Fontes e Carmem Pires, da
Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia; André Dusi, da Embrapa
Hortaliças; Paulo Barroso, da Embrapa Algodão; José Waquil, da
Embrapa Milho e Sorgo, além do coordenador do Programa de
Pós-Graduação em Entomologia da UFV, Ângelo Pallini, e
professores do curso.
Esses especialistas compõem o projeto internacional denominado
GMO-ERA, que tem como objetivo desenvolver novas metodologias e
aperfeiçoar as já existentes para análise de riscos ambientais
de organismos geneticamente modificados – OGM’s. O GMO ERA,
financiado pela Agência Suíça para o Desenvolvimento e
Cooperação, é uma iniciativa pioneira de 260 cientistas da área
ambiental que trabalham em instituições públicas e tem cerca de
700 contatos em 116 países. Mais de 70% dos integrantes desse
grupo representam países em desenvolvimento. O grupo regional da
América Latina é coordenado pelas pesquisadoras da Embrapa
Recursos Genéticos e Biotecnologia, Eliana Fontes; e da Embrapa
Meio Ambiente, Deise Capalbo.
Segundo a pesquisadora Eliana Fontes, o curso ministrado aos
alunos da UFV foi extremamente importante porque permitiu
validar e aperfeiçoar as ferramentas de capacitação
desenvolvidas pelo projeto GMO-ERA. Ela ressalta que: “O
objetivo é adaptá-las e integrá-las ao programa de cursos
formais no Brasil”.
Ferramentas de capacitação foram elaboradas durante workshop
realizado em junho deste ano
As ferramentas de capacitação repassadas aos alunos de
pós-graduação da UFV foram elaboradas durante o Workshop de
Formação do Time de Especialistas em Avaliação de Riscos
Ambientais de OGM’s, realizado em Brasília, DF, no período de 20
a 23 de junho deste ano, que contou com a participação de 24
especialistas brasileiros e 10 estrangeiros da Costa Rica,
Estados Unidos, México, Peru, Suíça, Tanzânia, Uganda e Vietnam.
O workshop teve como objetivo treinar os participantes para que
possam atuar como professores e disseminadores de conhecimentos
em seus países sobre três temas principais: fluxo de genes, que
é o movimento natural de genes entre populações de plantas (no
caso de organismos transgênicos, esse movimento pode ser ou não
desejável); efeitos sobre a biodiversidade e insetos não-alvo; e
manejo de resistência de insetos e plantas daninhas.
Essa foi a primeira vez que os pesquisadores que compõem o Time
de Especialistas em Avaliação de Riscos Ambientais de OGM’s no
Brasil ministraram um curso formal para alunos de pós-graduação.
Segundo Eliana, os alunos tiveram bom aproveitamento, fixaram
conceitos básicos sobre os temas e avaliaram positivamente o
curso. O objetivo daqui para a frente, como explica a
pesquisadora, é investir em outras iniciativas como essa para
consolidar a importância da discussão da avaliação de risco da
introdução de organismos transgênicos no ambiente no programa de
cursos formais no Brasil e estender o treinamento também para
alunos de graduação em áreas como agronomia, biologia e outras.
“A interação com os estudantes é muito importante para que
possamos aperfeiçoar as ferramentas e os conceitos difundidos
durante o treianmento”, finaliza Eliana.
Fernanda Diniz, Jornalista |