Brasil
December 10, 2004Aumenta
o número de cultivares de sementes forrageiras liberadas no
mercado resultantes de pesquisas desenvolvidas em convênio entre
Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada
ao Ministério da Agricultura) e Unipasto (Associação para o
Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras Tropicais).
Aumenta o número de cultivares de sementes forrageiras liberadas
no mercado resultantes de pesquisas desenvolvidas em convênio
entre Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,
vinculada ao Ministério da Agricultura) e Unipasto (Associação
para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras
Tropicais).
Os próximos lançamentos serão de cultivares das espécies
Brachiaria brizantha, Brachiaria humidicola, Cajanus cajan que
resultarão de pesquisas de melhoramento conduzidas pela,
unidades da Empresa [Embrapa Cerrados (Planaltina – DF), Embrapa
Gado de Corte (Campo Grande – MS), Embrapa Gado de Leite (Juiz
de Flora – MG) e Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos - SP)].
A parceria entre Embrapa e Unipasto, uma associação que reúne 38
empresas produtoras de sementes de forrageiras, foi iniciada em
2002. Já foram liberadas duas cultivares - Xaraés e Massai- que
tiveram sementes comercializadas pelos associados da Unipasto em
duas safras.
O presidente da Unipasto, Gutemberg Carvalho Silveira, afirmou
que as duas cultivares estão vendendo muito bem e há previsão de
que as sementes de Massai não sejam suficientes para atender a
demanda no próximo ano. Anualmente a Unipasto investe, em média,
R$ 700 mil, no convênio com a Embrapa.
O grupo, formado por empresas do Mato Grosso, Minas Gerais, Mato
Grosso do Sul, Goiás e São Paulo, comercializa sementes de
forrageiras principalmente do norte do Paraná até o Nordeste.
Por isso, a Unipasto tem condições de difundir com maior rapidez
as cultivares oriundas da parceria e aumentar a disponibilidade
de sementes no mercado.
"Estamos satisfeitos com o convênio. Está sendo importante para
a Embrapa por agilizar pesquisas de forrageiras pela maior
disponibilidade de recursos. E nós por termos oportunidade de
trabalhar com sementes de melhor qualidade", avaliou o
presidente da Unipasto.
O programa de melhoramento de forrageiras da Embrapa visa o
lançamento de cultivares que apresentem características
superiores de produtividade, qualidade de forragem, adaptação às
diversas condições ambientais e adequação aos sistemas de
produção.
O pesquisador da Embrapa Cerrados, Ronaldo Pereira de Andrade,
afirmou que a liberação de novas cultivares, mais produtivas e
com melhor adaptação e resistência a pragas e doenças, aumentará
a eficiência e produtividade da pecuária brasileira, resultando
em estabilidade da oferta de carne e leite a preços acessíveis
no mercado interno e mais competitivos no mercado externo.
Outros impactos da pesquisa, citados por Andrade, foram o
aumento da diversificação de cultivares permitindo maior
competitividade da indústria brasileira de sementes no país e no
comércio internacional, aprimoramento do processo de obtenção de
cultivares pelo aumento da capacidade de testes pela parceria
com as empresas, e a possibilidade de reduzir a necessidade de
abertura de novas áreas para formação de pastagens contribuindo
para a conservação dos recursos naturais.
Além disso, a intensificação do programa lavoura-pecuária,
importante para garantir a sustentabilidade do agronegócio
brasileiro, irá requerer diversificação e seleção de cultivares
de forrageiras que se adaptem aos diferentes modelos a serem
desenvolvidos nesse sistema de produção.
2º Workshop
Embrapa-Unipasto
Durante o II Workshop, realizado em Brasília, no início deste
mês, sob a coordenação da Embrapa Cerrados, os resultados
parciais de pesquisas alcançados durante 2003 e 2004 foram
apresentados aos associados da Unipasto.
No primeiro dia do evento, pesquisadores das unidades envolvidas
relataram o estágio de desenvolvimento dos programas de
melhoramento desenvolvidos com os gêneros Paspalum, Cajanus,
Pennisetum, Medicago, Stylosanthes, Arachis, Leucaena, Cratylia,
Panicum e Brachiara, além dos resultados das pesquisas com
tecnologia de sementes.
No segundo dia, os integrantes da Unipasto conheceram alguns dos
experimentos integrantes do convênio executados na Embrapa
Cerrados. Em relação ao gênero Brachiaria, foram visitadas as
áreas de multiplicação de sementes de materiais selecionados e
os experimentos de avaliação sob pastejo.
Com a Leucaena, foram apresentados os trabalhos com tecnologia
de sementes, adubação e utilização sob pastejo. Além desses,
foram visitados os ensaios regionais de Panicum e Cajanus e as
áreas de multiplicação de sementes de material selecionado de
alfafa.
A programação do wokshop foi encerrada com palestras sobre Nova
Lei de Sementes, ministrada por Álvaro Antônio Nunes Viana, do
Serviço Nacional de Proteção de Cultivares do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e sobre Integração
Lavoura-Pecuária, proferida pelo pesquisador da Embrapa
Cerrados, Lourival Vilela.
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