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Atenção para o oídio em hortaliças


Brazil
June 14, 2011

O oídio, também conhecido como “cinza”, é uma doença bastante comum em hortaliças. Esta doença tem merecido maior atenção dos produtores pelo fato de estar ganhando importância devido ao aumento do cultivo de hortaliças sob condições protegidas, e em campo irrigado por gotejamento, onde não ocorre a “lavação” das folhas. Sob o mesmo nome de oídio, a doença é causada por espécies de dois gêneros fúngicos: Oidium e Oidiopsis (ou seja, dois fungos causando doenças similares, e com o mesmo nome). Ambos têm distribuição generalizada no País, entretanto o primeiro é muito mais comum, pois envolve um grande número de espécies. Ambos ocorrem mais nas regiões e/ou estação do ano quente e seca. O fato pouco comum de existirem duas espécies fúngicas causando sintomatologias distintas chamadas de oídio leva à reflexão sobre a necessidade de nomeá-las de forma diferente. Neste caso, a proposta é chamarmos de oídio adaxial quando se trata do oídio (doença) causada por espécies do gênero Oidium (fungo) e oídio abaxial, quando se tratar do oídio causado por Oidiopsis haplophylli.

Entre as principais culturas atacadas pelo oídio adaxial, que ocorre na face superior das folhas, estão as cucurbitáceas (melão, melancia, pepino e abóboras), o tomateiro, a alface, a ervilha, as brássicas (repolho, couve-flor, couve chinesa e brócolis) e o quiabeiro. No caso do oídio abaxial, observado na face inferior das folhas, destacam-se como hospedeiras o pimentão, as pimentas do gênero Capsicum e o tomateiro.

Sintomas
A principal característica do oídio causado por espécies de Oidium é a presença abundante de estruturas do fungo nas superfícies superior e inferior das folhas, evidenciando a aparência de um pó branco e fino na folhagem. Tanto folhas velhas como folhas novas são atacadas indiscriminadamente, e o ataque intenso causa perda de coloração e morte dos tecidos foliares atacados.

Quando a doença é causada por O. haplophylli, a massa pulverulenta (ou seja, o pó branco) normalmente não é fácil de ser observada na maioria das hospedeiras, com exceção do pimentão, onde ocorre intensa esporulação (produção de estruturas reprodutivas) do fungo em cultivares muito suscetíveis. Nesse caso, formam-se manchas amareladas na face superior das folhas, que evoluem para necrose a partir do centro das lesões. Na face inferior destas folhas, correspondendo às lesões na face superior, ocorre a formação de um pó branco que são as estruturas do fungo. Quando o ataque é intenso, toda a folha pode secar e também pode cair. Os sintomas e as estruturas do fungo são encontrados principalmente nas folhas mais velhas.

Condições favoráveis
Os dois patógenos podem causar oídio numa ampla faixa de temperatura, que pode variar de 10o C a 35o C no caso de O. haplophylli. A faixa de temperatura para ocorrência do oídio adaxial vai depender da espécie do fungo envolvida. A doença ocorre principalmente na estação seca do ano. Assim, a temperatura, muitas vezes, não é fator ambiental limitante à doença, que é favorecida por umidades baixas, menores que 60%.

Uma vez que no Brasil estes fungos, no geral, não formam esporos de resistência e eles precisam estar parasitando a planta para sobreviverem, acredita-se que a sua sobrevivência ocorra em plantas voluntárias e em outras hospedeiras. A curta e média distâncias, a dispersão dos esporos é feita pelo vento. Portanto, os produtores de hortaliças têm que ficar mais atentos agora, que a estação das chuvas passou na região central do Brasil e iniciou a estação seca. Como foi visto anteriormente, esta doença aumenta muito de importância nesta época do ano.

Controle
Apesar da existência de boas fontes de resistência no germoplasma (espécies cultivadas e silvestres) de hortaliças, ainda são raras as cultivares comerciais resistentes aos oídios. A irrigação por aspersão e a chuva desalojam os esporos das folhas e auxiliam no controle da doença. Na instalação de novos cultivos, principalmente sob proteção de plástico, deve ser levado em conta o isolamento, pela distância ou barreiras físicas, de plantas hospedeiras atacadas pela doença, pois os esporos destes fungos são eficientemente disseminados pelo vento.

A medida mais eficiente de controle tem sido o emprego de fungicidas aplicados preventivamente ou após o aparecimento dos primeiros sintomas. Neste caso, deve-se utilizar apenas fungicidas registrados no Ministério da Agricultura para cada cultura, além de realizar a aplicação dos produtos químicos, de modo a preservar o aplicador, o consumidor e o meio ambiente.



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Published: June 14, 2011


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