Fundação MT |
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A
produtividade na cultivar Inox superou nossas
expectativas.
Luis Carregal - Universidade de Rio Verde/GO |
A eficácia das
variedades de soja Inox, resistente à ferrugem asiática
(principal doença da sojicultura) foram testadas,
confirmadas e aprovadas por pesquisadores da região
Centro-Oeste do Brasil e também por pesquisadores
norte-americanos. Estes pesquisadores conduziram
experimentos com a tecnologia Inox o que possibilitou
verificar in loco o potencial produtivo das variedades, bem
como a resistência à ferrugem.
Para Luis Henrique Carregal, da Universidade de Rio
Verde-Goiás, a tecnologia Inox (desenvolvida pela
Fundação de
Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação
MT e pela Tropical Melhoramento Genético, TMG) veio
para ficar e contribuirá para a continuidade do cultivo da
soja no Brasil. “Indico com toda certeza a soja Inox, pois
irá auxiliar sobremaneira o manejo integrado da ferrugem
asiática, maximizando o controle químico e preservando o
meio ambiente”, reforça o pesquisador.
Carregal realizou o plantio da soja Inox em áreas
experimentais, aonde conduziu os trabalhos do plantio à
colheita. Os experimentos foram realizados em duas épocas: a
primeira no início de novembro e a segunda no início de
dezembro. O que mais chamou sua atenção além da resistência
à ferrugem foi o potencial produtivo da soja Inox. Ele
aponta também que a soja Inox apresentou características
desejáveis quanto ao porte e arquitetura da planta.
“A produtividade na cultivar Inox superou nossas
expectativas. A média de produtividade nessa cultivar ficou
acima de 58 sacos (sc) por hectare (ha), lembrando que o
regime pluviométrico no mês de janeiro foi muito inferior a
média, o que afetou negativamente a produtividade, em pelo
menos 5 sc/ha. Com aplicação de fungicidas, a produtividade
superou 61 sc/ha", revela Carregal.
Fundação MT |
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Certamente a tecnologia Inox terá excelente
aceitação.
Edson Borges - Fundação Chapadão - Chapadão do
Sul/MS |
O excelente
resultado de produtividade da soja Inox também foi
comprovado por Edson Pereira Borges, da Fundação Chapadão,
localizada no município de Chapadão do Sul, no estado de
Mato Grosso do Sul. A produtividade da soja Inox nos
experimentos de Borges foi de até 62 sc/ha. “Os índices de
produtividade da soja Inox conferem bons resultados e
garantia de retorno econômico ao produtor rural”, avalia.
O pesquisador enfatiza também que ficou muito satisfeito com
o que viu em seus experimentos. “A grande diferença entre a
soja Inox, resistente a ferrugem, com uma cultivar sensível
à doença, é o fator resistência a ferrugem que ela oferece,
permitindo uma flexibilidade de aplicação do fungicida,
oferecendo mais segurança ao produtor em termos de
otimização de pulverizadores, aproveitamento dos melhores
momentos para aplicação do fungicida diante das condições
climáticas, redução do uso de fungicida no ambiente e
redução de custo com fungicida”.
A condução dos experimentos foi feito por Borges numa área
de três mil metros quadrados. O que mais chamou atenção do
pesquisador foi à adaptação da soja Inox à região de
cultivo, a resistência à ferrugem, produtividade da soja
Inox, ciclo da cultura (130 dias) e mais uma alternativa
para manejo e controle da ferrugem da soja. “Por isso me
sinto bastante confortável em indicar o plantio de
cultivares Inox. Há anos todos nós esperávamos que fosse
colocada no mercado uma cultivar que oferecesse
flexibilidade no manejo para o controle da ferrugem da soja.
Certamente a tecnologia Inox terá excelente aceitação”.
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A
vantagem é que a soja Inox tende a reduzir o número
de aplicações.
Valtenir Carlin - Agrodinâmica - Lucas do Rio
Verde/MT |
Outro
pesquisador que comprovou a eficácia da soja Inox foi
Valtenir José Carlin, da Agrodinâmica, empresa que atua em
pesquisa e consultoria, situada no município mato grossense
de Tangará da Serra. Carlin diz que indica a soja Inox
porque a tecnologia permite flexibilidade das aplicações de
fungicidas e reduz o risco de ataque de ferrugem com alta
pressão.
“A resistência à ferrugem é muito interessante, pois a
doença se instala, mas não consegue progredir, as lesões
"morrem" e esporulam muito pouco. A vantagem é que a soja
Inox tende a reduzir o número de aplicações e permite algum
atraso nas aplicações sem perdas significativas de
produtividade. O potencial observado é bom”, aponta.
Carlin explica também que a soja Inox se destaca comparada
às tradicionais por retardar a entrada da ferrugem (em nove
dias nos ensaios avaliados), por multiplicar a doença muito
mais lentamentente (as lesões apresentam muito poucos
esporos) e mesmo a soja Inox tendo ferrugem, a queda das
folhas (senescência) é muito lenta, então a soja Inox com
ferrugem quase não cai a folha, completando o ciclo mesmo
com doença.
Internacional – A eficácia da soja Inox foi
comprovada por pesquisa recente realizada por outras
instituições de pesquisa, inclusive pelo National Soybean
Reserch Laboratory da Universidade de Illinois, nos Estados
Unidos. Os pesquisadores deste conceituado laboratório
testaram e aprovaram a potência das cultivares TMG 801 e da
TMG 803 (variedades Inox).