Brazil
May 4, 2009
Uma das principais contribuições
que a pesquisa agropecuária deve oferecer para o combate à
desnutrição é o desenvolvimento de alimentos mais nutritivos.
Além de características desejáveis como a facilidade de serem
produzidos, processados e consumidos, tais alimentos devem
também ser acessíveis na dieta básica de populações que praticam
a agricultura de subsistência nas regiões mais pobres do mundo,
como África, Ásia, América Latina e Caribe, principais focos de
atuação do programa internacional HarvestPlus.
O HarvestPlus, programa
de biofortificação de produtos agrícolas para a melhoria da
nutrição humana, tenta suprir a dificuldade de suplementação de
vitaminas e minerais em regiões sem infra-estrutura adequada
para a distribuição de alimentos processados. O HarvestPlus
tenta superar essas limitações a partir do uso de tecnologias
que têm como base a semente de produtos agrícolas melhorados,
chegando a sementes ricas em micronutrientes. A
Embrapa Milho e Sorgo
(Sete Lagoas-MG), uma das entidades componentes, atua no
desenvolvimento de cultivares de milho e sorgo com maior valor
nutricional.
Segundo o pesquisador Paulo Evaristo de Oliveira Guimarães, o
milho, devido à sua amplitude e facilidade de produção e
consumo, é um dos cereais que merece destaque nesta linha de
pesquisa. "Um dos objetivos da equipe é desenvolver cultivares
de milho com maiores teores de carotenóides precursores da
pró-vitamina A nos grãos", explica. A pró-vitamina A, que a
partir de reações químicas no organismo se transforma em
vitamina A, tem papéis importantes, como a manutenção de uma boa
visão.
Evaristo adianta que 246 amostras de milho do Brasil foram
avaliadas quanto ao perfil de carotenóides e seis linhagens da
Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) foram
selecionadas e utilizadas para o desenvolvimento de uma
variedade pró-vitamina A. "Nesta variedade, o valor médio de
pró-vitamina A observado foi de 7,6 mg / g, enquanto as 20%
melhores espigas apresentaram valores médios de 9,2 mg /g. Estes
valores são, respectivamente, cerca de 3,5 e 4,2 vezes maiores
que os encontrados em milho de grãos amarelos", relata o
pesquisador.
Ainda segundo ele, nas próximas duas safras esta variedade será
avaliada quanto ao desempenho agronômico na região Nordeste e em
outras regiões do país. "Esta cultivar poderá ser lançada a
partir de 2010, caso os testes indiquem boa performance
agronômica e melhor qualidade nutricional", antecipa. O tema
será discutido durante a 3ª Reunião Anual de Biofortificação no
Brasil, evento que acontecerá de 31 de maio a 5 de junho em
Aracaju-SE. A realização é de duas Unidades da Embrapa -
Tabuleiros Costeiros (Aracaju-SE) e Agroindústria de Alimentos
(Rio de Janeiro-RJ) - e dos programas HarvestPlus, Agrosalud e
Biofort. Acesse o site do evento:
http://www.cpatc.embrapa.br/biofortbrasil/ .
Mais informações podem ser obtidas junto à Área de Comunicação
Empresarial da Embrapa Milho e Sorgo, Unidade da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento: (31) 3027-1223 ou
gfviana@cnpms.embrapa.br . |
Brazilian researchers develop
Vitamin A enriched maize
Maize varieties with increased
pro-vitamin A content could be
growing in Brazil by next year.
Researchers at the Brazilian
Agricultural Research
Corporation (EMBRAPA)
are developing maize varieties
with increased levels of
beta-carotene. So far they have
bred maize that contains 9.2
micrograms beta-carotene per
gram kernel. That's four times
the beta-carotene content of
traditional yellow maize
varieties. The EMBRAPA
researchers are being supported
by Harvestplus, a research
initiative implemented by the
Consultative Group on
International Agricultural
Research (CGIAR) that focuses on
using the tools of plant
breeding to biofortify staple
food crops.
The agronomic performance of the
vitamin A-fortified maize
cultivar will be evaluated this
planting season. If everything
goes well, the new maize variety
will be available to farmers by
2010. EMBRAPA is also doing
biofortification research on
cassava, beans, sweet potato,
cowpeas, and wheat.
Source:
CroBioTech update |
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