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Embrapa Hortaliças integra projeto da batata resistente às mudanças climáticas

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Brazil
March 23, 2009

Um novo projeto envolvendo o Centro Internacional de la Papa – CIP, no Peru, e a Embrapa, ora em fase final de ajustes, levou os pesquisadores Paulo Eduardo Melo e Jairo Vieira, chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, a Pelotas (RS), nos dias 04 e 05 de março último. O projeto tem como principal foco o melhoramento de germoplasma de batata para tolerância a calor e seca para fazer frente às mudanças climáticas.

Além da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) , o projeto envolve a Embrapa Clima Temperado (Pelotas-RS), a Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos-SP) e o Escritório da Embrapa Transferência de Tecnologia em Canoinhas (SC). Como um dos coordenadores técnicos do projeto, Paulo Melo informa que o trabalho tem duração prevista de três anos, com a premissa não apenas de selecionar germoplasma com tolerância a calor e adaptação às condições de cultivo e ao mercado brasileiro, como também estudar a base molecular e a fisiologia da tolerância, buscando compreender "por que algumas plantas são capazes de tolerar esses estresses".

"Trata-se do primeiro projeto específico de melhoramento de batata para desenvolver tolerância a temperaturas altas e a seca. Com ele, lançamos as bases para gerar, no futuro, cultivares de batata verdadeiramente tropicais", explica o pesquisador. O projeto em pauta vem ao encontro do programa de melhoramento genético de batata da Embrapa, unificado a partir de 2002. Desde então, o programa é conduzido em rede pela Embrapa Clima Temperado, Embrapa Hortaliças e Embrapa Transferência de Tecnologia – Escritório de Canoinhas, e conta com a parceria de instituições nacionais e internacionais, mais a contribuição decisiva, constante e ativa de produtores das mais importantes regiões do Brasil.

"Nosso programa visa desenvolver novas cultivares de batata para consumo de mesa e processamento, com adaptação aos ecossistemas subtropical e tropical de altitude", explica Paulo Melo.

A importância do programa da Embrapa pode ser medida, na sua avaliação, pelos números que apresenta: "Geramos e submetemos à seleção entre 50 e 60 mil genótipos a cada ano. Nossa meta é oferecer uma nova cultivar ao setor produtivo a cada dois anos", informa. Como exemplo, ele aponta a cultivar BRS Ana, lançada em 2007, hoje bastante competitiva e em processo de adoção pelos produtores nas diferentes regiões onde já foi validada, como sul de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. "Porém, confirmando-se as expectativas de aquecimento global, as cultivares que utilizamos atualmente não serão capazes de manter a nossa produção", avalia o pesquisador.

Paulo Melo destaca que além das qualidades que apresentam atualmente, será preciso que esses materiais tenham também tolerância a condições mais severas de calor e seca. Ele alerta, inclusive, para o risco de não se obter cultivares com essas características, quando então as áreas aptas para produção de batata no Brasil corresponderão a menos da metade do que temos hoje. E é com base nessa perspectiva que ele destaca a relevância da parceria com o CIP.

"Neste sentido, o projeto colaborativo entre o Centro Internacional de la Papa e a Embrapa representa um reforço muito importante ao programa já em desenvolvimento, permitindo que aumentemos nosso potencial de desenvolver germoplasma de batata com capacidade para produzir tubérculos, em quantidade e qualidade adequadas, mesmo quando cultivados sob duras condições de clima", declara o pesquisador.

 

 

 

 

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