A Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o
Japan International
Research Center for Agricultural Sciences (Jircas), empresa
de pesquisa vinculada ao governo japonês, aprovaram esta semana
um projeto de pesquisa no valor de R$ 6 milhões que irá
impulsionar as pesquisas com soja transgênica tolerante à seca,
realizadas no Brasil.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o
Japan International Research Center for Agricultural Sciences
(Jircas), empresa de pesquisa vinculada ao governo japonês,
aprovaram esta semana um projeto de pesquisa no valor de R$ 6
milhões que irá impulsionar as pesquisas com soja transgênica
tolerante à seca, realizadas no Brasil.
O projeto é um dos 21 selecionados pela Agência de Ciência e
Tecnologia do Japão, que aprovou 10 projetos da Ásia, 6 da
África e 5 da América Latina. O gerenciamento dos recursos do
projeto a ser conduzido pela parceria Embrapa/Jircas será feito
pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), nos
próximos cinco anos.
Pesquisadores e técnicos de várias equipes de pesquisa
(Ecofisiologia, Biotecnologia, Estatística e Melhoramento) serão
coordenados, no Brasil, pelo pesquisador Alexandre Lima
Nepomuceno, da Embrapa Soja, e no Japão, pela pesquisadora
Kazuko Yamaguchi-Shinozaki, do Jircas.
Esta pesquisa teve início, em 2003, quando foi assinado um
acordo de transferência do gene DREB (Dehydration Responsive
Element Binding Protein ou Proteína de Resposta à Desidratação
Celular) para a Embrapa, cuja patente pertence ao Jircas.
Para testes de comprovação da tecnologia, o gene foi introduzido
em uma cultivar de soja brasileira que é sensível à seca. “O
resultados foram bastante positivos em laboratório e em casa de
vegetação (estufas). Caso a CTNBIO autorize testes a campo,
pretendemos avaliar a capacidade da planta de responder à seca,
na safra 2009/2010”, relata Nepomuceno.
Segundo o pesquisador da Embrapa Soja, a aprovação deste projeto
é bastante importante, porque vai permitir a aquisição de novos
equipamentos de biotecnologia, material de laboratório e a
contratação de pessoal especializado. “Com os recursos
disponíveis poderemos aumentar o número de linhagens de soja nos
testes; conduzir os testes a campo, iniciar as avaliações de
biossegurança e também iniciar a introdução deste gene em
cultivares de soja comerciais”, destaca.
Parceria - A cooperação técnico-institucional entre a Embrapa
Soja e o JIRCAS teve início em 1995, desde então, o Jircas
mantém escritório responsável pelas pesquisas na América Latina,
em Londrina, nas instalações da Embrapa Soja. O memorando de
entendimento prevê a contribuição de pesquisadores visitantes
japoneses no Brasil e pesquisadores da Embrapa, no Japão. Além
disso, o Jircas tem aportado recursos para o custeio das
atividades de pesquisa da cooperação e para compra de
equipamentos.