Brasília, Brazil
7 de maio de 2008
Cientistas australianos
conheceram pesquisas desenvolvidas pela Embrapa nas áreas de
biotecnologia vegetal e animal
Cientistas australianos visitaram
hoje a tarde a Embrapa
Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 41 unidades da
Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em
Brasília, DF, onde conheceram as pesquisas de biotecnologia nas
áreas vegetal e animal. Eles vieram ao Brasil para participar do
“Workshop Brasil-Austrália em Inovações de Biotecnologia para a
Agricultura”, realizado nos dias 5 e 6 na Sede da Empresa. A
delegação era composta de 12 cientistas representando
instituições de pesquisa e ensino australianas, como o
CSIRO Plant Industry
(Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation);
Universidade de Queensland e a Academia Australiana de Ciência,
entre outras.
Segundo a pesquisadora do CSIRO (instituição similar à Embrapa
naquele país), Elizabeth Dennis, o Workshop foi um passo
determinante para estreitar a cooperação técnica entre os dois
países na área de biotecnologia agrícola. “Foi uma oportunidade
excelente para o intercâmbio de informações técnicas entre
cientistas brasileiros e australianos”, ressaltou.
A partir do evento, foram definidas sete áreas prioritárias para
o desenvolvimento de pesquisas em conjunto entre os dois países:
genômica de plantas; bioinformática; apomixia em programas de
melhoramento; nanobiotecnologia aplicada à agricultura;
biotecnologia animal com foco na resistência a carrapatos;
marcadores moleculares e melhoramento molecular de
cana-de-açúcar.
Segundo Dennis, foram elaborados dois memorandos de
entendimentos: um entre a Embrapa e o CSIRO e o outro entre a
Empresa e a Universidade de Queensland para desenvolvimento de
pesquisas em parceria dentro das áreas definidas. Esses
documentos estão sendo analisados pelos responsáveis jurídicos
das instituições envolvidas e, de acordo com a cientista,
deverão ser assinados nos próximos meses.
Ela acredita que até o final deste ano, a cooperação técnica
entre Brasil e Austrália comece a ser implementada, o que inclui
troca de conhecimentos e experiências científicas e intercâmbio
de pesquisadores entre os dois países.
Visita e intercâmbio de conhecimentos cinetíficos
Na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, a delegação
australiana conheceu as pesquisas para desenvolvimento de
plantas geneticamente modificadas com resistência a pragas,
doenças e estresses climáticos e as tecnologias de reprodução
animal, com foco especialmente em bovinos, que incluem
transferência de embriões e clonagem por transferência nuclear,
entre outras.
Os visitantes conheceram também as pesquisas desenvolvidas para
o controle de insetos e nematóides que atuam como pragas em
culturas agrícolas de importância econômica, a partir do uso de
diferentes estratégias moleculares aplicadas à prospecção de
genes. As estratégias incluem a identificação e caracterização
de moléculas em fontes naturais (microrganismos e vegetais),
busca de seus genes, além de estudos de genômica funcional.
Segundo Dennis, a visita à Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia permitiu aos cientistas australianos conhecerem na
prática as pesquisas e resultados apresentados e debatidos
durante o Workshop. “O evento e a visita à Embrapa foram
amostras significativas do sucesso da parceria entre os dois
países”, acredita. Segundo ela, o Brasil e a Austrália se
encontram num patamar tecnológico similar e a cooperação vai
levar a muitas inovações na área de biotecnologia agrícola, com
ótimos resultados para produtores, consumidores e para a
sociedade em geral.
Fernanda Diniz, Jornalista,
Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia
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