Brazil
December 22, 2008
O Consórcio
Antiferrugem (CAF) contabilizou, até o momento, a ocorrência
da ferrugem da soja em seis estados brasileiros: GO, PR, MT, MS,
RO e MG, totalizando, até 20 de dezembro, 18 focos da doença.
Desses, 11 são em lavouras comerciais, cinco em unidades de
alerta e dois em soja voluntária. Com exceção do foco em
Canarana, MT, os demais ocorreram no estádio reprodutivo. Na
safra 2007/08, na mesma data, haviam sido registrados 28 focos
de ferrugem no site do CAF (www.consorcioantiferrugem.net).
“As condições climáticas se tornaram um pouco mais favoráveis à
dispersão da doença no mês de dezembro, associado ao avanço da
maturidade das plantas, principalmente no centro e norte do
país. O maior acúmulo de precipitação (de 100 a 200 mm) no
último período quinzenal (5 a 20 de dezembro) foi registrado nas
regiões do centro do país (MG, GO, MT e BA), onde foram
registrados os 15 focos. Nas regiões ao sul de SP houve retorno
das chuvas mas com acúmulo inferior a 100 mm no período, exceto
nas regiões onde foram registrados os três focos da doença
(>100mm). No mesmo período do ano de 2007, havia maior acúmulo
de precipitação na região sul e conseqüentemente um maior número
de focos” explica o professor Emerson Del Ponte, da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, entidade integrante do Consórcio
Antiferrugem.
Considerando que na safra passada houve atraso na semeadura de
maneira generalizada no País, em função do atraso das chuvas, e
que nessa safra os plantios ocorreram dentro da época normal, o
atraso no início da dispersão da doença na safra atual é
significativo. Tal atraso pode ser atribuído ao efeito do vazio
sanitário, iniciado em 2006. O vazio sanitário, que consiste no
período de 60 a 90 dias sem soja na entressafra, tem como
objetivo reduzir o inóculo, pois evita a “ponte-verde” e com
isso contribui para o atraso das primeiras ocorrências de focos.
Nesse momento, as lavouras semeadas no início da época
recomendada se encontram na fase reprodutiva, quando aumenta a
probabilidade de incidência da doença. O monitoramento deve ser
intensificado após o florescimento nas regiões próximas de focos
da doença e naquelas com maior ocorrência e tendência de
continuidade de chuvas. Devem ser monitoradas também as lavouras
que já receberam a primeira aplicação, para a realização das
reaplicações observando-se a previsão das condições
meteorológicas locais para os próximos dias.
Em caso de dúvidas, as folhas com suspeita de ferrugem, que são
encontradas inicialmente no baixeiro da planta, podem ser
enviadas para os laboratórios do CAF que se encontram espalhados
em todas as regiões produtoras. Os técnicos farão a correta
identificação e registro dos casos positivos no site do CAF para
o alerta regional. O endereço dos laboratórios está disponível
no site do CAF. |
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