Brazil
April 28, 2008
Ano |
Acessos |
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2001 |
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2005 |
3.865 |
2006 |
13.026 |
2007 |
14.978 |
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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, mais uma vez dá ao Brasil uma posição de destaque
no mundo agrícola. O país está entre os quatro maiores
detentores mundiais de espécies vegetais, com um repositório de
cerca de 150 mil amostras.
A quarta colocação entre os melhores e maiores do planeta,
depois dos Estados Unidos (500 mil amostras), da China (390 mil)
e da Alemanha (160 mil), se deve ao programa de intercâmbio de
recursos genéticos entre o Laboratório da Embrapa nos Estados
Unidos (Labex-EUA) e o Serviço de Pesquisa Agrícola (ARS)
norte-americano.
O cientista Luciano Nass (na
foto), responsável pelo programa do Labex na área de recursos
genéticos, desenvolvido em parceria com o Centro Nacional para a
Preservação de Recursos Genéticos do ARS, considera estratégico
para ambos os países essa troca de materiais genéticos.
“É uma reserva com a qual se pode contar, uma aplicação na
poupança. Se precisar é só buscar”, compara Nass. Esse “arsenal”
de diferentes espécies vegetais significa para os cientistas
ter, literalmente nas mãos, recursos que poderão servir para
achar soluções para problemas decorrentes das mudanças
climáticas, ou ainda investigar a resistência a pragas, à seca,
entre outras vantagens.
O intercâmbio de germoplasma sempre foi prática comum entre
países e instituições, mas passou por um período de “escassez”.
Isso ficou evidente após a Convenção da Diversidade Biológica
(CDB), em 1992, quando houve uma redução acentuada desta
atividade. Em 2004, graças a um tratado da Organização das
Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), focado
apenas em espécies utilizadas na alimentação e agricultura, é
que as atividades de intercâmbio ganharam novo fôlego, pelo
menos para as espécies incluídas no tratado.
No final de 2005 tiveram início as atividades do Labex-EUA em
recursos genéticos, sendo o aumento do intercâmbio um dos seus
principais objetivos. Desde então, Brasil e Estados Unidos
ampliaram o intercâmbio (veja abaixo link do conteúdo
relacionado).
Luciano Nass destaca o aumento no número de amostras trocadas
nos últimos dois anos. Explica, também, que como os
norte-americanos ainda não ratificaram a CDB e, por isso,
continuam praticando o livre intercâmbio, distribuindo amostras
sem restrições. “Com a intensificação recente do intercâmbio
cresce nossa responsabilidade quanto ao estudo e à conservação
dessas amostras”, observa Nass.
Entre os materiais com volume de troca ampliados está a coleção
completa de arroz do ARS, com um total de 17 mil acessos,
atualmente toda armazenada na Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia (Brasília-DF). Outra coleção sendo enviada para o
Brasil é a de soja, com um volume de 23 mil unidades. Por causa
da grande quantidade de material, as remessas para a estatal
serão feitas em quatro etapas, sendo que a primeira já ocorreu.
Outros acessos de diferentes espécies também chegarão ao país
ainda este ano. |
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