Brasília, Brazil
May 7, 2007
A Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia, uma das 41 unidades da Empresa
brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, vinculada ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai
participar da Feira de Tecnologia Agropecuária do Estado do
Tocantins - Agrotins 2007 – no período de 09 a 13 de maio de
2007 apresentando, no estande institucional da Embrapa,
tecnologias desenvolvidas pela Empresa, dentre elas, algumas
disponíveis para empreendedores.
O consultor do PROETA - Programa de Apoio ao Desenvolvimento de
Novas Empresas de Base Tecnológica Agropecuária, Felix Andrade
da Silva vai ministrar palestra sobre o programa e indicar as
formas de acesso às tecnologias no dia 12 de maio, às 9 horas,
dentro da programação oficial do evento.
As ações do PROETA tem por objetivo estimular o processo de
incubação de empresas de base tecnológica, incrementando os
índices sócio-econômicos de emprego, renda, produção, dentre
outros, além de disseminar a cultura empreendedora, a partir da
valorização de pessoas que se aventuram e criam com sucesso um
novo negócio.
O Programa tem como fonte de recursos um convênio assinado entre
a Embrapa e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
administrador do Fundo Multilateral de Investimento-FUMIN, e se
destina a estimular a utilização de tecnologias da Embrapa por
meio da incubação de empresas, via convênio entre a Empresa e
incubadoras já existentes.
Veja as tecnologias que estarão disponíveis no estande da
Embrapa:
- Cultivo de cogumelos
comestíveis e medicinais
A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia adaptou
para o Brasil uma tecnologia chinesa capaz de baratear o
cultivo de cogumelos comestíveis e medicinais, utilizando
gramíneas no seu substrato, ao invés de toras de madeiras e
serragem, como nos meios de cultivo tradicionais. Os
cogumelos são alimentos muito nutritivos - com quantidade de
proteínas quase equivalente a da carne e acima de alguns
vegetais e frutas, ricos em vitaminas e carboidratos, e com
baixo teor de gordura. Além disso, possuem propriedades
medicinais e podem ser importantes aliados no tratamento
complementar de muitas doenças que afligem a humanidade,
atuando como estimulantes do sistema imunológico.
- Bioinseticidas para
controle biológico de mosquitos transmissores de doenças e
pragas agrícolas
A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
desenvolveu, em parceria com a empresa Bthek Biotecnologia,
do Distrito Federal, dois bioinseticidas para controlar
mosquitos transmissores de doenças. Os produtos, que já
estão sendo fabricados em escala comercial, são: Sphaerus SC
– Tem ação comprovada no controle das larvas do mosquito
urbano, também conhecido como pernilongo, e do mosquito
transmissor da malária.Foi desenvolvido à base de uma
bactéria que ocorre naturalmente no meio ambiente,
denominada Bacillus sphaericus, recomendada pela Organização
Mundial de Saúde para campanhas de combate a mosquitos
transmissores de doenças. BT-horus SC - Atua no controle do
mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti), da febre
amarela e de borrachudos. Foi desenvolvido a partir de uma
bactéria conhecida como Bt (Bacilus thuringiensis),
amplamente utilizada em programas de controle biológico em
todo o mundo.
- Utilização de
feromônios para controle biológico do percevejo da soja
A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia desenvolveu
pesquisas com semioquímicos (feromônios) para controle e
monitoramento de percevejos que atuam como pragas na cultura
da soja no Brasil. Os feromônios são substâncias químicas de
cheiro peculiar, presentes em cada espécie de insetos, que
atuam como meios de comunicação. Na natureza, os feromônios
são responsáveis pela atração de indivíduos da mesma espécie
para acasalamento, demarcação de território e outros tipos
de comportamento. Os cientistas reproduzem, em laboratório,
as condições observadas na natureza para monitorar o
comportamento dos insetos-praga e interromper a sua
reprodução. As pesquisas resultaram no desenvolvimento do
primeiro produto biológico à base de semioquímicos para
controle do percevejo marrom da soja no Brasil. O produto
estará disponível na próxima safra, como prevê o pesquisador
Miguel Borges, responsável pelas pesquisas.
- Plantas do Futuro
O Brasil abriga cerca de 20% da biodiversidade mundial,
incluindo plantas, animais e microrganismos. Nesse
patrimônio natural estão guardadas inúmeras espécies com
potencial para aplicações em diversas áreas, como:
alimentação, medicamentos e a indústria da biotecnologia,
dentre outras. Mas, o conhecimento sobre essa riqueza
genética ainda é pouco significativo, já que menos de 1% das
espécies nativas foram pesquisadas geneticamente. Essa é a
possível causa para que apenas duas espécies brasileiras –
mandioca e amendoim – façam parte da lista das 15 plantas
consideradas mais importantes para a alimentação da
humanidade. Preocupado com essa situação, o Ministério do
Meio Ambiente, em parceria com o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento e a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária – Embrapa, deu início em 2004, ao projeto
“Plantas do Futuro”, com o objetivo de ampliar o
conhecimento sobre as plantas nativas do Brasil, de forma a
beneficiar os pequenos produtores e o setor empresarial. O
projeto tem abrangência nacional e compreende ações em todas
as regiões brasileiras. Na região Centro-Oeste, é coordenado
pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia em parceria
com outras unidades da Empresa e instituições brasileiras.
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