Brasília, Brazil
March 23, 2007
Ivan Richard,
Agência Brasil
Agricultores e produtores ligados à
Associação Brasileira de
Sementes e Mudas (Abrasem) entregaram hoje (20) ao deputado
Darcísio Perondi (PMDB-RS) um abaixo-assinado com 30 mil
assinaturas de produtores de todo o país favoráveis à
comercialização do milho transgênico. O peemedebista entregou o
documento ao presidente da
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Walter
Colli, que também preside a audiência pública que discute, desde
ontem, em Brasília, processos de liberação de autorizações
comerciais de transgênicos.
A medida provisória que reduz o número de votos na Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para a liberação de
transgênicos deve ser sancionada ou vetada pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva até amanhã (21). A MP foi aprovada pela
Câmara e Senado no final de fevereiro e prevê a redução do
quórum de 18 integrantes para 14, o que abriria espaço para
votações mais rápidas para a liberação de transgênicos,
inclusive da variedade do milho geneticamente modificado.
Favorável à liberação dos transgênicos, Perondi defendeu que os
produtos geneticamente modificados, além de mais rentáveis
economicamente, fazem bem ao meio ambiente. “A transgenia
preserva o meio ambiente porque ela degrada menos a terra,
precisa de menos terra para plantar e usa menos veneno, não só
na cultura do milho, mas também em muitas outras culturas, como
a do algodão, por exemplo”, afirmou. O argumento dos
ambientalistas questiona que pode haver problemas para a
biodiversidade
De acordo com o deputado, a humanidade já consumiu
aproximadamente 500 milhões de toneladas de produtos
transgênicos e não há referência científica de que a transgenia
faça mal ao homem. “Tem alimentos convencionais, que defendo,
que desenvolvem alergias. O transgênico se causar alergia é
retirado do mercado imediatamente”, argumentou, ressaltando que
os transgênicos barateiam o custo da produção e dos alimentos
para o consumidor. Os grandes agricultores apóiam a redução dos
integrantes da CTNBio como forma de agilizar as autorizações, já
os ambientalistas pedem o veto à medida. |
|