Brazil
December 7, 2007
O primeiro foco de ferrugem
asiática no Brasil, na safra 2007/08, foi confirmado em Aral
Moreira, MS, no dia 3/12, pela Fundação MS, entidade integrante
do Consórcio Antiferrugem. A lavoura comercial está em estádio
R3 (inicio de formação de vagem). Segundo relato do engenheiro
agrônomo Ricardo Barros o clima na região estava desfavorável,
mas técnicos e produtores devem reforçar o monitoramento das
lavouras, já que as chuvas voltaram a ocorrer normalmente.
Para a pesquisadora Cláudia Godoy, da
Embrapa Soja, o clima
seco deste início de safra vem retardando o aparecimento da
doença este ano. “No ano passado, as lavouras foram plantadas
mais cedo e os primeiros focos também surgiram antecipadamente”.
O município de Aral Moreira está situado próximo à fronteira com
o Paraguai, fato que pode ter sido relevante para o aparecimento
da doença.
Segundo pesquisador Wilfrido Morel, chefe do programa de
pesquisa de soja do Centro Regional de Investigación Agrícola
(CRIA), já foi observado a ocorrência de focos de ferrugem
asiática em lavouras comerciais paraguaias em amostras coletadas
por técnicos que atuam no programa SOS-Bayer, em 16 de novembro,
originadas de lavoura no estádio R5 (formação de grãos), no
município de Pirapó, Itapua. Segundo Morel, cultivos no mês de
agosto e início de setembro, embora não sejam recomendados pela
pesquisa, têm sido feitos com freqüência nos últimos anos pelos
agricultores da região, favorecendo a ocorrência precoce da
ferrugem nas safras do país.
O pesquisador Rafael Soares da Embrapa Soja informa que também
foi constatada a presença de ferrugem em kudzu e soja perene,
não só no Paraguai, mas também em municípios argentinos na
província de Missiones. Essa constatação serve de alerta para os
produtores brasileiros, principalmente no oeste do Paraná, para
intensificar o monitoramento da doença pois, considerando o
movimento predominante dos ventos, os países vizinhos podem ser
fornecedores de inóculo do fungo para as lavouras brasileiras.´ |
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