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Dow AgroSciences compra a divisão de milho da Agromen Sementes Agrícolas Ltda., maior produtora nacional de sementes

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Orlândia (SP), Brazil
August 1, 2007

Venda da Agromen Tecnologia Ltda

Sobre a Agromen Sementes

A Agromen Tecnologia Ltda é apenas uma das empresas do empresário José Ribeiro de Mendonça, que continua atuando no segmento de sementes de soja, sorgo e outras culturas de grãos e forrageiras, com a Agromen Sementes Agrícola Ltda. O empresário que tem sua sede administrativa no Centro Empresarial “Francisco Salles de Abreu Sampaio”, em Orlândia (SP), é proprietário ou controlador de 12 empresas, todas com atividades na área agroindustrial.

Maior empregador privado do estado de Goiás, com mais de 7.000 colaboradores em suas empresas, o grupo cultiva mais de 80.000 hectares de cana-de-açúcar que abastecem as Usinas Vale do Verdão S/A e Usina Panorama S/A, planta mais de 50.000 hectares de soja, milho, sorgo e feijão, cria cerca de 16.000 cabeças de gado e atua no ramo de máquinas agrícolas com nove revendas em São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Já está em fase de montagem a Usina Floresta S/A, terceira unidade de produção de etanol do Grupo , localizada na região de Rio Verde (GO). Com a venda da Agromen Tecnologia Ltda, o grupo planeja a construção ou aquisição de sua quarta unidade sucroalcooleira.


Dow AgroSciences compra Agromen, maior produtora nacional de sementes


Ribeirão Preto, 30 -

A norte-americana Dow AgroSciences comprou a divisão de milho da Agromen Sementes Agrícolas Ltda., com sede em Orlândia (SP). A empresa é maior produtora de sementes deste tipo grão com capital 100% brasileiro e cerca de 11% de participação no mercado. Os detalhes do negócio serão anunciados amanhã (31), em São Paulo (SP). Procurada pela Agência Estado, a Agromen informou que não irá se pronunciar sobre o assunto no momento. A Dow também comunicou que só se pronunciará sobre o assunto amanhã.

O negócio deve envolver, prioritariamente, a marca Agromen e algumas das cinco unidades de produção de sementes da empresa, localizadas em Guaíra (SP), Capinópolis e Buritizeiro, em Minas Gerais; e Campo Alegre e Rio Verde, em Goiás. Como o Grupo Agromen ainda irá manter a produção de outras sementes de grãos, como soja, sorgo e feijão, alguma dessas unidades não deverá entrar no acordo.

O negócio deve incluir ainda o Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Agromen Sementes, criado em 1978 e sediado na Fazenda Lageado, em Guaíra (SP). A empresa possui, também, um Centro de Pesquisa em Ponta Grossa (PR), dedicado ao desenvolvimento de produtos para climas temperados, que também deve ser adquirido.

Outro detalhe que será divulgado amanhã é com quem ficará os seis mil hectares de campos de produção de sementes de milho localizados no entorno das unidades de beneficiamento e produção. Isso porque é possível que o Grupo Agromen siga como fornecedor da Dow Agrosciences.

No entanto, os 7 mil hectares dedicados à produção das outras sementes, bem como os mais de 30 mil hectares de lavouras cultivados anualmente pelo Agromen serão mantidos pela companhia brasileira. Com o negócio, a agroindústria do interior paulista deve ainda priorizar a produção de açúcar e de álcool no setor agrícola. Além das duas unidades da Usina Vale do Verdão, em Maurilândia (GO) e em Itumbiara (GO), o grupo prepara ainda a construção de uma terceira usina em Goiás, na cidade de Rio Verde.

De acordo com informações do site do Grupo Agromen, além da Agromen Sementes e da Vale do Verdão, a família Ribeiro de Mendonça controla ou é sócia de outras dez empresas do setor agropecuário. Fazem parte do grupo: Agromen Agropecuária, Agromen Máquinas Agrícolas Ltda., Companhia Agrícola Baessa S/A, Comercial Agromen Máquinas Ltda., Condomínio Irmãos Mendonça, Fronteira S/A, Mendonça Agrícola S/A, Panorama Sementes Ltda., Pindorama S/A e Agropecuária Entre Rios Ltda.

O Grupo Agromen mantém ainda, próximo à unidade de Maurilândia da Usina Vale do Verdão, um confinamento de bois para atender pecuaristas do sudoeste goiano durante o período de seca, que coincide com a época de maior atividade da usina. No confinamento, o gado se alimenta de ração composta por bagaço hidrolisado, melaço e levedura, subprodutos da usina e, ainda, farelo de soja e milho triturado, resíduo da Unidade de Beneficiamento de Sementes de Rio Verde (GO). O empreendimento tem capacidade para engordar 14 mil cabeças de boi. (Gustavo Porto)

Novo mercado - A principal estratégia da Dow é encontrar um vetor para seu gene Bt, já que existe a expectativa de que o gene seja liberado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Além disso, a empresa quer aproveitar a boa demanda existente para o grão em todo o mundo, gerada a partir a produção de etanol de milho nos Estados Unidos.

A compra da empresa paulista deve à perspectiva de aumento na demanda por sementes de milho no mercado interno nos próximos anos. Com a demanda americana para produzir etanol, abre-se uma janela no mercado internacional para que as exportações brasileiras de milho ganhem força em um futuro próximo. De acordo com representantes do mercado de milho, as variações de preços sempre aconteceram de acordo com a oferta e não com a demanda do grão. 'O que observamos é que a demanda está crescendo', diz uma fonte.

A aquisição deve alterar o ranking das empresas produtoras de sementes de milho no Brasil. Atualmente, as grandes multinacionais dominam o setor. A Monsanto, com as marcas Dekalb e Agroceres, DuPont, com a Pioneer, Bayer CropScience e Syngenta estão entre as que dominam o mercado brasileiro de sementes. Com a compra da Agromen, a Dow se aproxima mais do topo da lista e retoma o movimento de aquisição que ganhou força no final da década de 90.

Gustavo Porto e Alexandre Inacio, Agência Estado

 

 

 

 

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