News section

home  |  news  |  solutions  |  forum  |  careers  |  calendar  |  yellow pages  |  advertise  |  contacts

 

Agroenergia: alternativa rentável para produtores de soja
Brazil
November 10, 2006

Segundo o Instituto Internacional de Economia, a demanda mundial por energia deve crescer 1,7% ao ano até 2030. Paralelamente, pesquisadores apontam que até 2050 o petróleo – principal combustível fóssil – deverá acabar, o que já causa reflexos sobre seu preço. Em menos de 20 anos, o preço do barril disparou de US$ 20 para cerca de US$ 60. Neste cenário, a busca por fontes energéticas renováveis se fortalece como uma solução lucrativa para os produtores de oleaginosas, matérias-primas dos biocombustíveis derivados de óleo vegetal. O futuro deste segmento promissor do agronegócio é um dos temas da primeira Conferência Internacional de Agroenergia, Conae, que reunirá renomados cientistas entre 11 e 13 de dezembro em Londrina, norte do Paraná.

De acordo com o Amélio Dall’Agnol, pesquisador da Embrapa Soja, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que coordenará o painel “Oleaginosas – Parte I”, sobre o mercado de soja, a demanda por óleo para composição de biodiesel poderá dobrar em 2008, quando entra em vigor a resolução que exige que 2% de biodiesel seja adicionado ao óleo diesel consumido no país. Atualmente, cerca de 400 milhões de litros de óleo – sendo a maior parte de soja – são destinados à produção de biocombustíveis renováveis.

“Em 2008, isso representará 800 milhões de litros, e a partir de 2013 (quando a porcentagem subirá para 5% de biodiesel no óleo diesel), a demanda chegará a 2,4 bilhões de litros, sem considerar o óleo vegetal que será consumido para produzir o H-Bio”, ressalta.

Somente 10% da produção agrícola é voltada para o mercado de agroenergia. No entanto, a previsão é de que até o final do século esta proporção se eleve para 35%. De acordo com EIA (International Energy Outlook 2004), a demanda mundial de óleo para fabricação de biodiesel deve crescer de 34,7 milhões de toneladas – produção estimada em 2010 – para 133,8 milhões de toneladas em 2020. “Os empresários já estão se preparando para suprir essa demanda e vêm o Brasil como um dos principais fornecedores”, ressalta. Segundo Agnol, outros óleos serão utilizados para produzir biodiesel, mas, no mínimo, 50% a partir da soja.

A soja é hoje o principal produto do agronegócio brasileiro, sendo responsável por quase 10% das exportações brasileiras, o que emprega – direta e indiretamente – mais de 4 milhões de pessoas no campo e na cidade. “O Brasil é o único grande produtor de soja em zonas de baixa latitude. Tudo o que precisamos para deslanchar ainda mais é um mercado comprador que pague preços compensatórios”, observa.

Para o pesquisador, a agroenergia caracteriza-se como uma importante alternativa para a crise no agronegócio. “É mais uma oportunidade que o Brasil não deve e não pode perder. Haverá os que critiquem a ampliação da área cultivada para produção de biodiesel, mas a produção de oleaginosas pode dobrar sem que haja a necessidade de avançar sobre floresta”, conclui.

A Conae

Durante os três dias de evento, serão realizadas 8 conferências e 19 painéis sobre temas como: Mercado de Carbono, Mercado de Etanol, Plano Nacional de Agroenergia, Oportunidades e Ameaças, Meio Ambiente, Oleaginosas, entre outros. Haverá também a primeira Exposição e Feira de Tecnologia para a Geração de Energia Renovável e Alternativas Energéticas. O evento é voltado para engenheiros, arquitetos, pesquisadores, professores, fabricantes de veículos e máquinas, agricultores, entidades governamentais, organizações não governamentais, estudantes, ecologistas, economistas, jornalistas e formadores de opinião.

A iniciativa é da Federação das Associações de Engenheiros Agrônomos do Paraná e Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina, com a organização técnica da Embrapa, e apoio de universidades, Ministério da Agricultura, Ministério do Turismo, Embratur, Londrina Convention & Visitours Bureau, Itaipu Binacional, Universidade Tecnológica, Adetec, Confea / Crea, e Sociedade Rural do Paraná.

Pólo Tecnológico

A cidade de Londrina é considerada um dos principais pólos de pesquisa e tecnologia no país. Com cerca de 500 mil habitantes, caracteriza-se como um importante centro universitário e concentra instituições de pesquisas como a Embrapa Soja, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), a Universidade Estadual de Londrina e a Associação do Desenvolvimento Tecnológico de Londrina (Adetec). A região ainda conta com excelente estrutura hoteleira - 15 mil leitos diários - gastronômica e de transporte, com rodovias de fácil acesso. Os aeroportos locais têm vôos constantes para as várias regiões brasileiras.

News release

Other news from this source

17,518

Back to main news page

The news release or news item on this page is copyright © 2006 by the organization where it originated.
The content of the SeedQuest website is copyright © 1992-2006 by SeedQuest - All rights reserved
Fair Use Notice