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Embrapa e Jircas anunciram planta de soja mais tolerante à seca
Brazil
June 15, 2006

A Embrapa Soja (Londrina-PR), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Instituto de Pesquisa do Governo Japonês- Jircas, anunciaram durante o IV Congresso Brasileiro de Soja, realizado de 05 a 08 junho, a obtenção de uma soja geneticamente modificada para maior tolerância à seca. A nova planta recebeu um gene chamado Dreb, extraído da planta Arabidopsis thaliana, a primeira planta que teve seu genoma sequenciado.

O gene Dreb codifica uma proteína que aciona os genes de defesa das estruturas celulares da planta e ocorre naturalmente em todos os seres vivos. A patente do gene pertence ao Jircas (Japan Internacional Research Center for Agricultural Sciences), instituto de pesquisa japonês que firmou acordo com a Embrapa para uso em soja.

“Desde 2003, estamos trabalhando nesse projeto para inserir o gene Dreb em plantas de soja. Os primeiros resultados são animadores e demonstram o grande potencial para uso em variedades comerciais visando redução de perdas devido à seca. Para isso, usamos um técnica brasileira de transformação de plantas, desenvolvida e patenteada pela Embrapa”, explica Alexandre Nepomuceno, pesquisador da Embrapa Soja, coordenador do projeto.

Para chegar a patente do gene Dreb, o Jircas dedicou dez anos de pesquisa, investindo aproximadamente U$ 1 milhão/ano. “O Brasil é um país estratégico na produção mundial de soja e a Embrapa é uma instituição pública como o Jircas. Para o Japão, é importante o Brasil manter a estabilidade de produção de soja no mundo, uma vez que importamos mais de 95% do consumo interno”, destaca Naoki Yamanaka, pesquisador do Jircas que atua no projeto no Brasil.

“Essa é uma tecnologia estratégica para o país, pois junto de outras tecnologias, como o manejo do solo e o plantio direto, poderá amenizar as perdas que ocorrem quando há estiagem. A Embrapa pretende fazer os primeiros testes de campo em 2007, assim que obter a autorização da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança)”, afirma Nepomuceno. A parceria Embrapa/Jircas é o único grupo testando a tecnologia Dreb em soja no mundo.

Os testes de campo com a soja Dreb devem durar cerca de 2 anos. Paralelamente, serão iniciados os estudos de biossegurança, considerando questões ambientais e de segurança alimentar humana e animal. A tecnologia Dreb também está sendo usada em pesquisas com tabaco, arroz e trigo por outros grupos de pesquisa do mundo.

A região Sul do Brasil, que responde por cerca de 40% da produção nacional, é a que mais sofre com perdas por seca. Considerando as últimas três safras, os prejuízos diretos causados por situações de seca somam mais de U$ 4,5 bilhões. Somente no Rio Grande do Sul, em 2003/04, o ano mais crítico dos últimos três, a seca reduziu em 70% a produção de soja.

Dreb – Sigla em inglês para “Dehydration Responsive Element Binding Protein” ou Proteína de Resposta à Desidratação Celular.

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