Brasília, Brazil
February 9, 2006
EUA concordam em
identificar carregamentos internacionais que possam conter
transgênicos
Ivan Richard,
Agência Brasil
Os Estados Unidos concordam com a posição brasileira sobre a
identificação de carregamentos internacionais de alimentos
geneticamente modificados, os chamados transgênicos. O Brasil,
assim como outros 126 países signatários do Protocolo de
Cartagena – mas não os EUA –, defende que a expressão "Pode
conter OVM" (organismos vivos modificados) esteja nesses
carregamentos.
A informação foi dada hoje (6) pelo coordenador de Biossegurança
do Ministério da Agricultura, Marcus Vinicius Coelho, que
participa da reunião do Comitê Consultivo Agrícola Brasil-EUA. A
expressão "Pode conter OVM" é preferível para o Brasil em
relação à outra, "Contém OVM", porque evita que sejam
implementados caros processos de detecção e rastreabilidade nas
colheitas, o que aumentaria o preço dos produtos brasileiros no
mercado internacional.
Técnicos dos países estão reunidos no Ministério da Agricultura,
em Brasília, trocando informações sobre o Protocolo de
Cartagena. Trata-se de um tratado ambiental, em vigor desde
setembro de 2003, que tem o objetivo de evitar danos ambientais
no trânsito e comércio de transgênicos. Mesmo não tendo
ratificado o documento, explicou Marcus Vinicius, os Estados
Unidos estão preocupados com os efeitos do protocolo sobre o
comércio global de produtos agropecuários.
Outro grupo do comitê discute aspectos relacionados ao Codex
Alimentarius. O fórum consiste num ponto de referência para
o comércio internacional de alimentos. Segundo o fiscal federal
agropecuário do Ministério da Agricultura, Rogério Pereira da
Silva, foi colocado em debate a realização de vídeo-conferências
entre Brasil, Estados Unidos e a União Européia. Isso, segundo
ele, facilitaria o entendimento entre os blocos e daria mais
agilidade nas decisões.
Rogério da Silva acrescentou que o Brasil pediu apoio
norte-americano para se tornar sede do Comitê de Aditivos e
Contaminantes, hoje sediado na Holanda. "Não existe comitê do
Codex em países em desenvolvimento. O Brasil tem interesse em
coordenar o comitê sobre Contaminantes de Alimentos pela grande
importância que representa no estabelecimento de limites de
agrotóxicos, os quais possuem um grande impacto no comércio
mundial de alimentos", destacou.
EE.UU está de
acuerdo con brasil en la rotulación de
transgénicos
Ivan Richard,
Agência Brasil
Brasilia - Estados Unidos está de acuerdo con Brasil en la
rotulación de cargas internacionales de alimentos genéticamente
modificados, conocidos como transgénicos. 127 países firmantes
del Protocolo de Cartagena, entre ellos Brasil y fuera Estados
Unidos proponen que dichas cargas contengan la expresión "Puede
contener Organismos Vivos Modificados".
La información la ha dado este lunes el coordinador de
Bioseguridad del Ministerio de Agricultura, Marcus Vinicius
Coelho, que participa en la reunión del Comité Consultivo
Agrícola Brasil/EE.UU.
quien explica que la expresión "puede contener" es preferible
para Brasil, en relación a la de "contiene", porque evita que se
activen caros procesos de detección e inspección en las
cosechas, lo que aumentaría el precio de los productos
brasileños en el mercado internacional.
Técnicos de los dos países se reunieron en el Ministerio de
Agricultura para intercambiar informaciones sobre el Protocolo
de Cartagena, un tratado ambiental en vigor desde septiembre de
2003 para evitar daños ambientales en el tránsito y comercio de
transgénicos. Aunque Estados Unidos no ha ratificado el
documento, este país se preocupa con los efectos del protocolo
sobre comercio global de productos agropecuarios.
Otro grupo del comité discute aspectos relacionados al comercio
internacional de alimentos. Según el fiscal federal agropecuario
del Ministerio de Agricultura, Rogerio Pereira da Silva, se puso
en debate la realización de videoconferencias entre Estados
Unidos, Unión Europea y Brasil, lo que facilitaría el
entendimiento y daría más agilidad a las decisiones.
Da Silva añadió que Brasil pidió el apoyo estadounidense para
ser sede del Comité de Aditivos y Contaminantes, que funciona en
Holanda, observando que no existe comité en países en desarrollo
y que Brasil tiene interés coordinarlo por la gran importancia
que representa en el establecimiento de límites de agrotóxicos,
que poseen un gran impacto en el comercio mundial de alimentos.
Traducción : Jaime Valderrama
Brazil and
US agree on transgenic labelling
Ivan Richard,
Agência Brasil
The United States has decided
to accept the Brazilian position on international labelling of
genetically modified food. Brazil had joined 126 other Cartagena
Protocol signatory countries in favor of a label stating:"May
Contain Modified Live Organisms." The majority is opposed to a
label stating "Contains Modified Live Organisms," because that
would require the adoption of expensive crop detection and
tracking procedures and thus, from the Brazilian standpoint,
increase the prices of Brazilian agricultural goods on
international markets.
The Cartagena Protocol has been in effect since 2003 and deals
with possible environmental damage caused by the transport and
commerce of genetically modified food. Although the US has not
ratified the protocol, it has expressed concern over its effects
on global trade in agricultural commodities. .
In the talks with the US about the Cartagena Protocol, Brazil
expressed its desire to have the headquarters of the Committee
on Additives and Contaminants, which is presently located in
Holland, transferred to Brazil. "There is no Codex Alimentarius
committee in developing countries. Brazil is interested in
coordinating the committee for its importance in determining
pesticide use limits, which have a major impact on world food
trade," commented Rogério Pereira da Silva, a federal
agricultural inspector in the Ministry of Agriculture.
Translation: Allen Bennett |