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Vírus isolado da lagarta do trigo tem potencial para controle da praga (Pseudaletia sp)
Brazil
December 29, 2006

Uma das pragas mais comuns na plantação do trigo é a lagarta Pseudaletia sp (Lepidoptera Noctuidae). Normalmente é encontrada em manchas na lavoura, atacando áreas restritas, mas tende a se expandir e pode consumir até 100m2 de área livre. As lagartas alimentam-se das folhas, podendo destruí-las completamente. O ataque geralmente é feito à noite, e durante o dia as lagartas escondem-se sob folhas secas (na base da planta), em torrões, ocorrendo sua maior concentração em locais com vegetação mais densa, ou com plantas acamadas.

O monitoramento da densidade populacional para verificar a necessidade de controle artificial geralmente é feito por amostragens manuais. Para as condições da Região Sul, o monitoramento da lagarta-do-trigo começa no espigamento, considerando-se o número de lagartas e o desfolhamento.

O controle dessa praga tem sido feito por pulverizações com inseticidas químicos, nos focos de infestação, tendo em vista que o principal modo de ação é via ingestão. Porém, a constatação da ocorrência natural de lagartas (Pseudaletia) mortas por infecção viral é um forte indicativo do potencial inseticida do patógeno hospedeiro surgindo assim como uma interessante possibilidade de uso desse agente no controle biológico da praga.

O controle biológico tem como objetivo controlar as pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças a partir do uso de seus inimigos naturais.

Baculovirus constituem um grupo de vírus encontrados na sua maioria em insetos, principalmente da ordem Lepidoptera. Esses vírus são utilizados como alternativas ao uso de inseticidas químicos, pois possuem uma alta especificidade, conferindo total segurança ao homem e não oferece riscos ao meio ambiente. Eles foram originalmente encontrados como controladores de populações de campo e alguns têm sido utilizados como biopesticidas para aplicação em lavouras ou mesmo em florestas.

Para um melhor uso e manipulação do vírus como bioinseticida é necessária a sua caracterização, pois as informações obtidas dos estudos referentes ao patógeno e de suas interações com o hospedeiro vão contribuir para o monitoramento e segurança no campo.

A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI - SC) vêm desenvolvendo estudos para caracterização do patógeno causador da doença nas lagartas do trigo.

Dentro deste enfoque, lagartas (Pseudaletia sp) coletadas em plantações de trigo, na região de Itajaí (SC), no ano de 2005, foram processadas para análises em laboratório. O patógeno causador de morte dessas lagartas foi então identificado como do grupo dos baculovirus (família Baculoviridae, gênero Nucleopolyhedrovirus) e caracterizado com base nas análises de sua morfologia, taxonomia, proteínas estruturais e DNA viral.

Visando uma possível e melhor utilização do agente no controle biológico da lagarta do trigo, estudos de sua biologia e patologia estão sendo conduzidos para uma caracterização mais detalhada e completa do baculovirus.

Os resultados de pesquisa obtidos até o momento aliados aos resultados preliminares quanto patogenicidade do vírus em estudo indicam que esse agente apresenta um grande potencial para uso no controle biológico da praga do trigo.

Maria Elita B. Castro, William Sihler, Filipe I. Azevedo, Zilda Maria A. Ribeiro, Marlinda L. Sousa
Núcleo Temático de Controle Biológico. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF)
Renato A. Pegoraro
Empresa de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural de Santa Catarina.

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