Brasília, Brazil
December 20, 2006
Wellton Máximo,
Agência Brasil
As previsões climáticas favoráveis
para o próximo semestre e a recuperação do preço de diversos
produtos agrícolas deverão fazer com que a próxima safra seja
superior à deste ano. A avaliação é do ministro da Agricultura,
Luís Carlos Guedes Pinto, que hoje (20) divulgou um balanço das
ações em 2006 e apresentou as previsões para o agronegócio
brasileiro.
Para Guedes Pinto, as perspectivas são favoráveis: “Nós temos
uma mudança significativa no cenário que predominou nos últimos
dois anos”.
A agricultura, segundo o ministro, passa por uma fase de
recuperação, depois que alguns setores, como soja e milho foram
afetados por secas e cotações baixas nos últimos dois anos. “Não
haverá nova valorização do real frente ao dólar e as previsões
não apontam seca na safra 2006-2007. Há uma clara recuperação
dos preços das commodities no mercado mundial”, explicou.
Em relação aos produtos que apresentaram bom desempenho no ano –
açúcar, álcool, café e suco de laranja –, ele manteve a previsão
de um cenário positivo em 2007. “Como os custos de produção
serão um pouco menores e os preços continuarão em níveis altos,
a rentabilidade subirá na próxima safra”, afirmou.
Segundo a última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), a próxima safra para os 11 principais
produtos agrícolas do país deve ser de 603,5 milhões de
toneladas. O volume é 2,85% superior aos 586,7 milhões de
toneladas produzidos na última safra.
No balanço da gestão, Guedes Pinto citou a criação da Secretaria
de Relações Internacionais do Agronegócio, que passou a discutir
as barreiras comerciais para os produtos brasileiros no
exterior, e a formação de 30 câmaras setoriais para articular os
vários segmentos da cadeia produtiva e "intensificar nosso
diálogo com a sociedade".
Ele também destacou a instalação da Assessoria de Gestão
Estratégica, responsável por articular as ações da pasta, e a
reestruturação de cargos no ministério. Em vigor desde fevereiro
de 2005, essa reestruturação, segundo o ministro, ajudou a
aumentar a oferta de funcionários para ações como as de defesa
sanitária.
Nessa área, Guedes Pinto citou também o aumento dos
investimentos em laboratórios de controle de doenças, de R$ 15
milhões em 2001 e 2002 para R$ 80 milhões em 2005 e 2006. |