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Canola e girassol: as oleaginosas do futuro
Brazil
December 5, 2006

Conferência Internacional de Agroenergia, que acontece este mês em Londrina (PR), apresenta as perspectivas das oleaginosas com maior potencial de suprir a demanda por biocombustíveis

Muito populares entre os nutricionistas, os óleos de canola e de girassol ganham cada vez mais espaço no segmento alimentício, impulsionados tanto pela qualidade nutricional quanto pelos benefícios comprovados à saúde. Outro segmento que deve alavancar o crescimento da produção dos grãos no Brasil é a popularização dos combustíveis renováveis à base de óleos vegetais, como o biodiesel e o Hbio da Petrobrás. Isto porque, enquanto a soja – principal oleaginosa utilizada na composição do biodiesel nacional – apresenta 18% de teor de óleo, a canola e o girassol possuem mais que o dobro: teor entre 37 a 50%.

O futuro dos grãos brasileiros e o panorama atual do segmento será tema do painel “Oleaginosas II”, realizado no segundo dia da Conferência Internacional de Agroenergia – Conae – que acontece entre 11 e 13 de dezembro, em Londrina, norte do Paraná. No mesmo dia serão realizados também os painéis “Oleaginosas I”, sobre a soja, e “Oleaginosas III”, sobre o dendê e a mamona.

Coordenado pelo pesquisador da Embrapa Soja, César de Castro, o painel contará ainda com a presença de outros três especialistas que irão abordar o “Panorama atual e perspectivas da produção de girassol e canola no mundo” e os “Desafios e oportunidades na produção de canola e girassol no Brasil”. “A Conae representa uma oportunidade ímpar que o Brasil tem de tomar frente no mercado de agroenergia, não só como potência na capacidade e diversidade de produção de óleos, como também nos processos produtivos de energia”, avalia o coordenador.

Outro destaque são os aspectos técnicos da produção das oleaginosas, como a possibilidade de cultivar o girassol no período de safrinha e o desenvolvimento de tecnologias que permitam a plantação de canola em baixas latitudes (de 17 a 18 graus) – fato ainda inédito no mundo – já que o normal é que a espécie é própria do clima temperado, cultivada em latitudes entre 35 e 50 graus.

Canola para biodiesel

De acordo com o pesquisador, Gilberto Omar Tomm, especialista em canola da Embrapa Trigo, que integra o painel, apesar de a canola ainda não ser empregada para a produção de biocombustível no Brasil, a oleaginosa representa uma boa oportunidade econômica para o país.

“O óleo de canola é mais utilizado para a produção de biodiesel na Europa, onde é referência de qualidade. No entanto, existem indicativos de grande incremento da área com estas culturas, por possuírem um elevado teor de óleo em sua composição, mas especialmente em função da demanda por óleo de canola na Europa”, observa.

Outro fato que deve impulsionar os investimentos nas culturas é a incrementação de 2% de biodiesel ao óleo diesel consumido no país, resolução que entra em vigor em 2008. Com a determinação, o volume de óleo destinado à produção der biocombustíveis deve subir de 400 milhões de litros de óleo – sendo a maior parte de soja – para 800 milhões de litros.

Mercado

“Esse novo mercado aquecerá todos os seguimentos do agronegócio, desde o preço da terra, dos insumos, do mercado de máquinas até as relações com o comércio exterior. Será estratégico aumentar a oferta global de óleos, permitindo que o aumento da oferta de óleos comestíveis seja reservado para óleos nutricionalmente mais adequados, enquanto outros óleos (soja ou palmáceas) possam ser dirigidos para o mercado de energia”, ressalta Castro.

Atualmente, a área de produção da canola e do girassol no Brasil é insignificante quando comparadas às outras culturas. Enquanto a soja apresenta 22 milhões de hectares plantados e a cana-de-açúcar outros 5,8 milhões, o girassol representa 95 mil ha e a canola apenas 33 mil ha.

Para os especialistas, a “moda” da agroenergia não deverá beneficiar somente o meio ambiente, mas também os produtores rurais. “Com o aumento da demanda por óleos está ocorrendo elevação dos preços de grãos, como a soja, o que está mantendo viável a produção de grãos em muitas situações em que a área de cultivo estava diminuindo por dificuldades econômicas”, afirma Tomm.

Durante os três dias de evento, serão realizadas outras 9 conferências e 19 painéis. A iniciativa é da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná e Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina, com o apoio da Embrapa, Governo do Paraná, Iapar, Embratur, Crea-PR, Adetec, Sociedade Rural do Paraná, Londrina Convention & Visitors Bureau, Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina, Sociedade Brasileira de Metrologia, Paraná Metrologia, Mútua, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Sistema Fiep.

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