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Sao Paulo supera a tradição de Goiás no cultivo de girassol
Brazil
October 6, 2005

A maior surpresa para o público participante da XVI Reunião Nacional de Pesquisa do Girassol, promovida pela Embrapa Soja, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no Hotel Crystal, em Londrina (PR) foi a constatação de que o estado de São Paulo superou a tradição de Goiás em área cultivada e produção de girassol.

Em Goiás, a área plantada caiu de 29,8mil hectares para 8 mil, na safra 2004/2005, além disso, a produtividade decresceu de 1700 kgha para 1365 Kg/ha. Esses fatores fizeram a produção estadual despencar de 50 mil para 11,6 mil toneladas. “Um dos motivos foi o preço baixo pago pela saca, no momento do plantio, associado à falta de chuva para implantação da safra principal. Isso afetou a safrinha de girassol e ainda a ocorrência de doenças“, avalia o agrônomo da Caramuru Alimentos, Marcos Mello.

A pesquisadora Maria Regina Ungaro, do Instituto Agronômico de Campinas, apresentou a evolução do girassol em São Paulo. Na safra 2004/2005 a área cultivada no estado dobrou de 15 mil para 31 mil hectares. A produtividade de 1900kg/ha garantiu a produção de 30 mil toneladas de girassol. “A expansão da cultura no estado deve-se à garantia de compra do produto pelas indústrias de esmagamento instaladas. No entanto, vale lembrar que apenas 30% da produção é destinada para produção de óleo e o restante serve à silagem animal, alimentação de pássaros, produção de mel e outras atividades relacionadas“, explica.

O segundo lugar, em termos de produção, é ocupado pelo Rio Grande do Sul, que produziu 22,4 mil toneladas de girassol em 15 mil hectares, na safra 2004/2005. O relato do Rio Grande do Sul, enunciado por João Carlos Loro, da Cotrimaio, reproduziu o otimismo do estado em relação ao cultivo da oleaginosa na região dos Pampas. Segundo ele, houve um crescimento significativo na área de girassol de 1999 a 2005, e um dos fatores para esse crescimento foi a adversidade climática para a produção do milho e a ausência de problemas relevantes para o girassol, nessas condições, que estimularam o aumento do cultivo dessa oleaginosa na região. “A única questão pendente é a ausência de refinarias do óleo de girassol no Rio Grande do Sul. O refino e envasamento são, ainda, feitos no estado de Santa Catarina e São Paulo, o que encarece o produto“, conta.

No Mato Grosso, a área cultivada também está em processo de expansão, tanto que cresceu de 9,3 para 14 mil hectares e a produção saltou de 15 para 21 mil toneladas. O professor Aluisio Borba Filho, da Universidade Federal de Mato Grosso, apontou como fatores limitantes à expansão da cultura - as dificuldades para comercialização e industrialização, problemas agronômicos em cultivos após a soja e o milho e assistência técnica deficiente. “Nossa proposta é estimular a criação de núcleos de recepção e prensagem e desenvolvimento de ações de capacitação“.

No Mato Grosso do Sul, a área cultivada com girassol decresceu de 13 para 7 mil hectares e a produção despencou de 19 mil para 9 mil toneladas. De acordo com o representante da Fundação Chapadão, Jefferson Anselmo, a área caiu principalmente devido a problemas climáticos que determinaram o atraso da instalação da safra principal, inviabilizando a semeadura do girassol na época recomendada. “Também tivemos severo ataque de maritacas e dificuldade na adoção de tecnologias“, explicou.

No Paraná, a área plantada ocupou 5,2mil hectares e a produção foi de 5,8 mil toneladas, na safra 2004/2005. O agrônomo Antoninho Carlos Maurina, da Emater – PR, apresentou os pontos relevantes do cultivo de girassol no estado do Paraná e apontou como maior problema da safrinha o ataque dos pássaros, principalmente na região norte e noroeste. “As pombas amargosas ocasionaram perdas entre 30 e 80% da produção, inviabilizando a cultura do girassol principalmente em áreas próximas a canaviais“,constatou.

Em Minas Gerais, o cultivo de girassol na safra 2004/2005 ocupou uma área de 1423 hectares e produziu 2,6 mil toneladas. O pesquisador da Epamig, Roberto Zito, disse que são preocupações “incrementar produtividade buscando melhor época de semeadura, inserir o girassol no sistema de produção da região e organizar a cadeia produtiva no estado de MG“.

A XVI Reunião Nacional de Pesquisa do Girassol terminou ontem(5) em Londrina, PR.

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