Lucas do Rio Verde, na região médio norte mato grossense, registrou hoje, 4 de novembro, o segundo foco de ferrugem do estado de Mato Grosso. O foco foi detectado em uma Unidade de alerta da Syngenta Proteção de Cultivos, em estádio R5.3 9 (enchimento de grãos) e confirmado pela Fundação Rio Verde, membro do Consórcio Antiferrugem, liderado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Segundo o fitopatologista Mauro J. N da Costa, da Fundação Rio Verde, a amostra avaliada apresentou baixa severidade da doença. Também foi registrado um foco de ferrugem na cidade de Água Comprida, município do Triângulo Mineiro.

O Sistema de Alerta da Embrapa Soja, em parceria com o Consórcio Antiferrugem, já registrou sete ocorrências em quatro estados brasileiros. “Todas foram em áreas de pivô, soja voluntária e unidades de alerta, após o florescimento. As áreas de pivô e as plantas voluntárias se constituem na ponte verde para as lavouras de verão.

Os cultivos de soja no inverno servem de hospedeiro para o fungo sobreviver e se multiplicar e, por mais eficiente que seja o controle, não é possível erradicar a doença”, explica a pesquisadora Cláudia Godoy. Até o momento o único local onde foi constatada a ferrugem em lavoura comercial da safra de verão foi em Primavera do Leste, em lavouras ainda no estádio vegetativo.

Segundo Cláudia, com condições climáticas favoráveis (alta umidade e temperaturas entre 18º C  e 30º C),  os produtores devem intensificar o monitoramento. “Apesar de o fungo estar presente, isso não garante que ele vá aparecer nas lavouras que estão sendo implantadas”, explica. Detalhes sobre a ocorrência podem ser acessados no site do Sistema de Alerta da Embrapa Soja (http://www.cnpso.embrapa.br/alerta).