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Especialistas temem "ponte-verde" com soja safrinha
Brasil
May 27, 2005

As discussões sobre o plantio de soja no inverno, principalmente no estado do Mato Grosso, marcaram os debates da reunião de avaliação do Consorcio Anti-ferrugem, realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em Londrina, Paraná. Os especialistas estão preocupados com o efeito chamado "ponte-verde", criado quando se planta soja para multiplicação de semente durante o inverno.

"Embora a ferrugem tenha outros hospedeiros onde pode sobreviver durante o inverno, como as plantas guaxas (que rebrotam após a colheita), o que tem sido levantado como principal problema são as áreas de multiplicação de sementes sob irrigação. Esses cultivos favorecem a multiplicação do fungo, fazendo com que ele apareça com maior intensidade durante a safra de verão", explica João Flávio Veloso, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Soja (Londrina – PR), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, uma das entidades integrantes do Consórcio.

Uma das regiões que mais causam preocupação é o estado do Mato Grosso, especialmente, na região de Primavera do Leste, onde aproximadamente 5 mil hectares são cultivados com soja irrigada. Essa região foi uma das que tiveram os maiores prejuízos com a doença na última safra. Além disso, com a aprovação da Lei de Biossegurança, muitas dessas áreas serão utilizadas para a multiplicação de sementes transgênicas que serão comercializadas para os produtores na próxima safra de verão.

O Ministério recomenda a interrupção por 90 dias entre o plantio da safra de inverno e o da safra de verão. "É um prazo para que o fungo não encontre hospedeiro para se multiplicar", explica André Felipe Peralta da Silva, chefe do Serviço de Educação Fitossanitária do MAPA. A recomendação não tem efeito de proibição, mas sim orientação e cabe aos órgãos de defesa estaduais o seu acompanhamento.

Segundo André Felipe, os estados do Mato Grosso, Amazonas e Rio Grande do Sul estão aderindo à recomendação. A Comissão de Defesa Sanitária Vegetal do Mato Grosso, representada por Wanderley Dias Guerra, lançou um desafio para a pesquisa agropecuária brasileira.

O órgão está dando início a um projeto para avaliar nos próximos meses o comportamento da ferrugem na entressafra e sua relação com o aparecimento em regiões próximas do pivô central na safra de verão. "Queremos o apoio do Consórcio para organizar uma recomendação mais clara para 2006" destacou Guerra.

Outro destaque foi o balanço das atividades do Consórcio Anti-ferrugem. Representantes das 86 entidades participantes comemoraram o sucesso das atividades desenvolvidas durante a safra. "Superamos a expectativa de público beneficiado pelas atividades desenvolvidas pelo consórcio, mostrando que esse tipo de iniciativa que integra o público e o privado pode ser aplicada em outras áreas da agricultura", avalia Amélio Dall'Agnol, coordenador do Consórcio.

Foram treinados mais de 5700 técnicos de campo que repassaram as informações sobre o controle da ferrugem a mais de 38 mil produtores e 60 laboratórios credenciados para emissão de laudos de ferrugem.

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