Brasília, Brasil
March 9, 2005
Rosamélia de Abreu
Da Voz do Brasil -
Agência Brasil
O Brasil possui a segunda maior área de produção agrícola
orgânica no mundo, perdendo apenas para a Austrália. O País
ocupava o 34º lugar, mas subiu no raking com a inclusão, no
cálculo, do extrativismo sustentável da Região Amazônica. Ao
todo, são 6,5 milhões de hectares de terra disponíveis para o
cultivo de orgânicos como banana, abacaxi, café, mel, leite,
carnes, soja, palmito, açúcar, frango, hortaliças e alguns
produtos da Amazônia como castanha, açaí, látex e frutas.
Para o chefe da Divisão de Certificação e Controle da Produção
Orgânica do Ministério da Agricultura, Roberto Mattar, com uma
área tão grande certificada, "nós estamos garantindo ao produtor
a valorização do seu produto e a geração de emprego e renda para
as famílias que vivem na região, além da preservação do meio
ambiente para as gerações futuras".
Mattar lembra que a cada dia os produtos orgânicos têm
conquistado mais mercado dentro e fora do País. "O consumidor
consciente sabe que ao comprar um produto orgânico, mais
valorizado que o tradicional, não está levando só um produto sem
contaminação química, sem agrotóxico, mas ele tem embutido o
respeito às tradições culturais, às exigências trabalhistas e às
condições sociais do trabalhador", afirma.
Para se ter uma idéia, o Brasil fechou contratos no valor de €
31,4 milhões na Biofach, feira internacional de produtos
orgânicos realizada no mês passado na Alemanha. "Na feira, em
Nuremberg, os 87 expositores de produtos orgânicos brasileiros
venderam o dobro do conseguido no ano passado", informa Mattar.
De acordo com o chefe da Divisão de Certificação e Controle da
Produção Orgânica, a criação da Coordenação de Agroecologia
neste ano, pelo Ministério da Agricultura, mostra o interesse do
governo em desenvolver o setor com o apoio dos estados,
municípios e dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Meio
Ambiente. "Nosso interesse é manter os agricultores na
atividade, produzindo alimento saudável, não se intoxicando e
tendo condições técnicas e econômicas para produzir.
Desenvolvemos ações de fomento, de certificação e de
capacitação, e auxiliamos todos os segmentos envolvidos na
cadeia do agronegócio orgânico a cumprirem o seu papel dentro do
sistema", conclui o técnico.
Brazil has the world's second largest area of organic
agriculture
Rosamélia de Abreu
Reporter - Agência Brasil
Brazil possesses the second largest area of organic agricultural
production in the world, surpassed only by Australia. The
country was in 34th place, but it rose in the ranking through
the inclusion of sustainable extractive activities in the Amazon
region in the calculation. In all, 6.5 million hectares of land
are available for the cultivation of such organic products as
bananas, pineapples, coffee, honey, milk, meat, soybeans, palm
hearts, sugar, chicken, vegetables, and some Amazonian products,
such as Brazil nuts, acai berries, latex, and fruit.
For the head of the Ministry of Agriculture's Division of
Certification and Control of Organic Production, Roberto Mattar,
with such a large certified area, "we are guaranteeing producers
enhanced value for their products and the generation of jobs and
income for the families that live in the region, in addition to
the preservation of the environment for future generations."
Mattar recalls that organic products have been gaining market
space every day in Brazil and outside the country. "The
conscientious consumer knows that when she buys an organic
product, paying more than for conventional products, she is not
only acquiring a product free of chemical contamination and
pesticides but one which also embodies respect for cultural
traditions, labor laws, and the social conditions of workers,"
he affirms.
To give the reader some idea, Brazil signed contracts worth 31.4
million Euros at the Biofach, the international organic products
fair held last month in Germany. "At the fair in Nuremberg, the
87 exhibitors of Brazilian organic products sold twice what they
did last year," Mattar informs.
According to Mattar, the creation of the Agroecology
Coordination Board this year by the Ministry of Agriculture
demostrates the government's interest in developing this sector
with support from the states, municipalities, and the Ministries
of Agrarian Development and Environment. "Our interest is to
keep farmers farming, producing healthful foods, not poisoning
themselves, and enjoying technical and economic conditions to
produce. We develop activities in the area of incentives,
certification, and training, and we assist all the segments
involved in the organic agribusiness chain to fulfill their
roles within the system," the specialist concludes.
Translation: David Silberstein |