A
Embrapa Agropecuária
Oeste(Dourados-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária- Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, está desenvolvendo tecnologia para o
controle biológico de percevejos da soja que atacam as lavouras
da região através do inimigo natural Telenomus podisi, mais
conhecido como Vespinha.
Os percevejos da soja causam sérios prejuízos nos grãos,
diminuindo a quantidade de óleo e deixando entrada para doenças
como o desenvolvimento de fungos, causando também retenção
foliar, o que dificulta a colheita.
Este é o primeiro experimento
de campo, implantado em Mato Grosso do Sul. Há 10 anos, a
Embrapa Agropecuária Oeste vem fazendo levantamento natural para
verificação das espécies de parasitóides que ocorrem na região.
A tecnologia irá ajudar a reduzir o uso de inseticidas nas
lavouras de pequenos e médios produtores, produtores orgânicos e
agricultores familiares.
Segundo a pesquisadora Karlla
Barbosa Godoy, doutora em Entomologia Agrícola, o objetivo é
trabalhar ainda durante dois anos nos testes preliminares para
avaliar a eficiência do parasitóide no campo e depois divulgar a
tecnologia para todos os produtores. No último dia 7, foram
liberados em uma área de 1,5 hectares, próxima a Ponta Porã(MS),
mais de 5 mil ovos parasitados, para acompanhamento semanal do
percevejo e da Vespinha. A pesquisadora explicou que será
feita uma comparação da área convencional com e sem liberação da
vespinha, de maneira a avaliar o seu potencial.