Um programa que envolve ações para incentivar a produção e a produtividade do milho no Noroeste de Minas Gerais. Esse é o Noroeste Milho, coordenado pela Embrapa Milho e Sorgo e pela Emater-MG, que foi lançado oficialmente em Unaí-MG no dia 1º de dezembro. O programa faz parte de um projeto maior, chamado Minas Milho, que vem promovendo ações com o mesmo objetivo em outras regiões do estado.

Durante o lançamento do programa em Unaí, o pesquisador da Embrapa Jason de Oliveira Duarte falou sobre aspectos econômicos da cultura do milho. Ele lembrou as novas fronteiras para a produção do milho: uma delas é justamente o Noroeste mineiro. Outro ponto favorável ao incremento da produção e da produtividade do milho na região é a proximidade com o Centro-Oeste do país, que vem recebendo indústrias ligadas à suinocultura e à avicultura. Esses dois ramos do agronegócio têm no milho sua base.

Jason lembrou que é necessário o produtor ficar atento a ítens fundamentais para o sucesso da lavoura, como a escolha da semente mais adequada e a época certa de plantio. Além de pensar no mercado interno (apenas as regiões Norte e Central mineiras têm déficit de mais de 600.000 toneladas por ano), os produtores devem considerar também o mercado internacional, que vem se transformando em uma boa opção. Usos alternativos do milho também são uma opção ao produtor rural. No Brasil, o milho tem aproximadamente 600 utilizações, enquanto nos Estados Unidos esse número é próximo de 3.500.

O gerente regional da Emater-MG Manoel Faria Duque apresentou as atividades previstas pelo Noroeste Milho. Entre elas, unidades demonstrativas, dias de campo, reuniões técnicas, ensaio de competição de cultivares e festival de pratos típicos. Ele afirmou que a adoção de tecnologias modernas, o uso de melhores práticas culturais (como adubação equilibrada), a adoção do sistema de plantio direto com rotação cultural são algumas atitudes que, tomadas pelos produtores, podem aumentar a produção e a produtividade do milho na região.