Brasília,
Brazil
March 1, 2004
A partir de hoje,
Londrina, no norte do Paraná, passa a ser chamada de Capital
Tecnológica da Soja. Esta nova identidade da cidade foi
anunciada, ontem, dia 29, durante a VII Conferência Mundial de
Pesquisa de Soja, a IV Conferência Internacional sobre
Processamento e Utilização da Soja e o III Congresso Brasileiro
de Soja, eventos realizados em Foz do Iguaçu, (PR).
A idéia de posicionar Londrina como Capital Tecnológica da Soja
surgiu de um grupo de entidades londrinenses e do Paraná como:
Paraná Turismo, Associação Comercial e Industrial de Londrina
(ACIL), Secretaria Municipal de Agricultura de Londrina,
Londrina Convention Bureau, Companhia de Desenvolvimento de
Londrina (Codel), Instituto Agronômico do Paraná, Universidade
Estadual de Londrina, Emater/Seab-PR e
Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, entre outros . "Como o
Mundial de Soja reúne 1500 profissionais de 45 países vinculados
ao agronegócio da soja, decidimos lançar a campanha aqui, em Foz
do Iguaçu", explica o empresário e chefe da Paraná Turismo,
Bruno Veronesi, que coordena a campanha.
O presidente dos três eventos, Flávio Moscardi, disse na
solenidade de abertura, ontem, que a iniciativa é bastante
justa. "No contexto global, a crescente demanda por todos os
produtos derivados de soja, sinaliza para a necessidade de
aumentos gradativos da produção e da qualidade do produto. Neste
contexto, não há saída, a não ser investir em pesquisa e
desenvolvimento de tecnologias para que se possa enfrentar,com
rapidez, os desafios que podem limitar a produção de soja",
enfatizou Moscardi.
Bruno Veronesi ainda acrescenta que Londrina é referência em
pesquisa de soja tropical. Somente na Embrapa Soja (Londrina/PR)
estão reunidos 70 pesquisadores dedicados exclusivamente à
pesquisa da soja. "Isto caracteriza a cidade como um dos maiores
centros de pesquisa de soja do mundo, talvez seja a instituição
de pesquisa que congrega o maior número de pesquisadores
trabalhando com soja em um único local", enfatiza.
O objetivo da coordenação da campanha que posiciona Londrina
como Capital Tecnológica da Soja é captar R$ 500 mil, em dois
anos, para produção de anúncios publicitários, criação de selos
especiais para estabelecimentos que vendem produtos de soja,
cursos de culinária de soja, treinamento de chefs de cozinha,
estímulo ao uso da soja na comunidade, fomento aos eventos da
soja
e
concursos de receita para criar um prato típico de soja para
Londrina.
O projeto é extenso e contando com 8 ações paralelas que serão
desenvolvidas, mas algumas iniciativas já estão sendo colocadas
em prática. "A Embrapa treinou cozinheiros e doceiros de 10
hotéis de Londrina que já introduziram a soja no café da manhã e
nos coffee breaks. O resultado tem sido excelente entre os
hóspedes que aprovaram as receitas. Acreditamos que este é
apenas o início de uma campanha que tem tudo para fazer bem aos
londrinense e todos que passarem por Londrina", afirma Veronesi.
Segundo ele, a Embrapa, o Instituto Agronômico do Paraná e a
Universidade Estadual de Londrina, além de serem promotores de
eventos, atraem para Londrina técnicos, estudiosos, produtores,
que estimulam o turismo científico, o turismo de eventos e o
turismo de negócios. "Estes turistas, além de adquirirem
tecnologia desenvolvida em Londrina deixam divisas nos hotéis,
restaurantes, bares, táxis, lojas e outros estabelecimentos da
cidade", diz. |