Brasília,
Brazil
July 2, 2004
Agência Brasil
Levantamento finalizado pela Embrapa mostrou que a ferrugem
asiática provocou perdas de cerca de 4,5 milhões de toneladas de
soja, na safra 2003/04. Associando o que deixou de ser colhido e
os gastos com o controle químico (fungicidas e despesas com
aplicação), o custo ferrugem foi de quase US$ 2 bilhões. “Esses
valores representam praticamente o dobro de prejuízo levantado
na última safra”, calcula o diretor presidente da Embrapa,
Clayton Campanhola.
Antes da safra, foi detectado o surgimento de uma variante do
fungo P. pachyrhizi, causador da ferrugem, o que provocou
quebra de fontes de resistência. Isso inviabilizou o
desenvolvimento de cultivares resistentes à ferrugem. Outro
problema foi a presença contínua desse fungo na entressafra, em
lavouras "safrinhas", no Cerrado (BA, GO, MA, MG, MT, SP e TO).
De acordo com a Embrapa, na safra 2003/04, os estados mais
atingidos com a ferrugem foram Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais
e São Paulo. No MT, lavouras com cultivares precoces e irrigadas
por pivô central ou sem irrigação foram pulverizadas até duas
vezes. Em outras regiões, lavouras não tratadas ou tratadas com
deficiência foram afetadas pela ferrugem, em diferentes graus de
severidade. “Essas áreas também serviram de fontes de
disseminação para áreas vizinhas, que tinham lavouras mais
tardias”, explica.
No Paraná, segundo produtor de soja atrás apenas do MT, a
progressão da doença foi impedida pela forte estiagem e altas
temperaturas, em janeiro. De modo geral, os produtores
controlaram adequadamente a doença. A maior redução da produção
de soja no estado foi causada pela estiagem. A falta de chuva
também foi a grande responsável pelas perdas econômicas no Rio
Grande do Sul e Santa Catarina, apesar de registros da ferrugem.
(Ascom
Embrapa Soja) |