Brasília, Brazil
February 5, 2004
Brazil’s Chamber of Deputies
approves Biosecurity Law
After a full
day and night negotiating the text of the Biosecurity Law, in
the early morning hours of today the Chamber of Deputies
approved the omnibus bill. It deals with the use and control of
genetically modified (GM) products and their labeling, and
specifically with GM soybeans. It also sets on regulations on
human embryos, cloning and environmental licensing. A complete
analysis of the bill can found, in Portuguese, at our
Portuguese-language site. (AB)
Brazil House
extends gene-altered soy crop planting to 2005
From:
Bloomberg via
Checkbiotech.org
By Guillermo Parra-Bernal
Brazil's lower house of Congress
voted to extend a law allowing the planting of gene-altered soy
to 2005 while tightening rules requiring farmers to secure
licenses to cultivate transgenic seeds
The house bill also allows transgenic
soy to be sold locally in 2006, said deputy Paulo Pimenta in an
interview from Brasilia. The bill gives the Environmental
Ministry, which opposes the use of genetically modified seeds,
power over revoking or denying licenses to plant the seeds,
Pimenta said.
"It's a bit of carrot and stick: on one hand, we're solving a
problem we have with transgenic seeds and on the other we're
giving a say on the issue to the Environmental Ministry,'' said
ruling coalition deputy Joao Alfredo in comments televised by
the government's national channel. ``But there's the view that
regulation in this issue has to be strengthened.''
The bill will probably allow Monsanto Co., which has claimed
that Brazilian farmers are using its gene-altered seeds smuggled
in from Argentina without paying royalties, to receive royalties
for the coming harvests. Brazil, the world's No. 2 soybean
producer, exported almost $8 billion in soy last year.
The bill sets up a government committee to oversee the use of
genetically modified seeds and embryos. It also created a new
1.5 percent tax on imports of genetically-modified products to
fund the committee.
To contact the reporter on this story: Guillermo Parra-Bernal
inBrasilia at at gparra@bloomberg.net
© 2004 Bloomberg L.P.
Câmara
aprova projeto da Lei de Biossegurança
Marcos Chagas
Repórter da Agência
Brasil
Brasília -
Depois de uma quarta-feira de intensas discussões e nenhum
acordo, a base do governo conseguiu aprovar na madrugada de hoje
o projeto de lei da
biossegurança, que proíbe experiências genéticas para clonagem
humana e regulamenta o controle da pesquisa, plantio e
comercialização de sementes geneticamente modificadas.
As negociações entre ambientalistas e ruralistas envolveram,
inclusive, os ministros da Cordenação Política, Aldo Rebelo, e
da Agricultura, Roberto Rodrigues, que no início da noite
participaram de reunião de líderes no gabinete do presidente da
Câmara, João Paulo Cunha
(PT-SP), para concentrar as forças governistas em torno do
parecer do deputado Renildo Calheiros (PCdoB/PE).
Até o início da noite, o PP e o PTB se manifestavam contrários
às modificações feitas pelo parlamentar no parecer do então
relator e agora ministro Aldo Rebelo. Para contornar as
insatisfações dos ambientalistas com o relatório de Rebelo, o
novo relator modificou o artigo 39, que dava à Comissão Técnica
Nacional de Biossegurança (CTNBio) poderes para definir a
utilização ou não de sementes trangênicas para pesquisa, plantio
e comercialização.
O novo texto aprovado pela Câmara dá ao Ibama poderes para
questionar junto ao Conselho Nacional de Biossegurança pareceres
da CTNBio na comercialização de transgênicos. O instituto poderá
requerer o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) quando
considerar que o plantio para
comercialização vier a prejuticar o meio ambiente.
O relatório de Renildo Calheiros preserva a autonomia da CTNBio
quanto aos pareceres para a
pesquisa e o plantio com fins de estudos de sementes
geneticamente modificadas. No caso de pareceres conflituosos
entre o Ibama e a CTNBio, caberá ao Conselho Nacional de
Biossegurança, formado por quinze ministros, decidir qual
posição deve ser acatada.
Os ruralistas queriam manter o texto do então relator Aldo
Rebelo que mantinha com a CTNBio a responsabilidade pela emissão
de pareceres no caso de pesquisas, plantio e comercialização de
sementes transgênicas. Como a situação se radicalizou na
comissão especial, já na manhã da quarta-feira, o deputado João
Paulo Cunha decidiu retirar o projeto da comissão e encaminhá-lo
diretamente para a apreciação do plenário - o pedido de urgência
do projeto permite tal procedimento regimental. A expectativa
era jogar a votação para o início da noite, a fim de tentar um
acordo com os ruralistas.
Ainda na tentativa de puxar votos da bancada ruralista, o
relator incorporou ao seu relatório a prorrogação, por um ano,
da possibilidade de plantio e comercialização de sojas
transgênicas. Com isso, os efeitos da medida provisória que
abriu essas possibilidades para as safras de 2002/2003 foram
estendidos para as safras de 2003/2004.
Marina
Silva diz ter ficado satisfeita com aprovação do Projeto de Lei
de Biossegurança
13:43
Cecília Jorge
Repórter da Agência
Brasil
Brasília - A
ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse ter ficado
satisfeita com a aprovação do Projeto de Lei de Biossegurança,
nesta madrugada, pela Câmara dos Deputados. “Esperamos ter
aprovado o projeto o quanto antes pelo Senado para que possamos
ter um marco legal adequado para a questão dos organismos
geneticamente modificados no Brasil”, acrescentou. A afirmação
foi feita após a cerimônia de lançamento do Programa Nacional de
Florestas, no Palácio do Planalto.
A ministra não chegou a afirmar que a aprovação foi uma vitória
sobre a bancada ruralista, que defende uma lei mais flexível
para a comercialização de transgênicos. “Eu encaro como um
trabalho profícuo que foi feito no Congresso Nacional por 11
ministérios, coordenados pela Casa Civil, que permitiu a
elaboração de um substitutivo adequado no entendimento do
governo, da maioria dos parlamentares, de boa parte dos diversos
setores da sociedade e da comunidade científica”, afirmou Marina
Silva.
Marina Silva elogiou o formato final da Comissão Técnica
Nacional de Biossegurança (CTNBio), cuja criação é prevista no
projeto de lei. Pelo texto aprovado pela Câmara dos Deputados, a
comissão se pronunciará, em caráter definitivo, nas questões
relacionadas à pesquisa com transgênicos. Já nos casos que
envolvem a produção com fins comerciais será necessário a
aprovação dos órgãos de fiscalização e registro competentes,
como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama).
Sobre o Ibama, ligado a seu ministério, Marina Silva disse que o
órgão passará por uma reestruturação para conseguir responder
com agilidade às suas atribuições. Entre as ações, ela citou a
necessidade de realização de concurso público para reforçar o
quadro de pessoal do Ibama.
Licenciamento ambiental é o ponto principal do projeto de
Biossegurança
09:44
Ellis Regina
Repórter da Agência
Brasil
Brasília -
Quando o projeto de Biossegurança se transformar em lei, o
consumidor poderá contar com informações que garantam a ele
saber se o produto utilizado por ele possui transgênicos e se o
alimento geneticamente modificado vai interferir em sua saúde ou
prejudicar o meio ambiente. Essa é aposta dos defensores do
projeto aprovado pela Câmara dos Deputados na madrugada de hoje.
De acordo com o coordenador da frente parlamentar em defesa da
Biossegurança, Deputado João Alfredo (PT-CE), o projeto avança
ao exigir o licenciamento ambiental, garantir um fundo de
pesquisa na área e preservar a autonomia da sociedade civil na
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBIO). “Se é
plantio ou comercialização, vai haver licenciamento ambiental.
Esse foi o principal ganho do projeto”.
Depois da aprovação na Câmara, o projeto vai passar pelo crivo
dos Senadores. Caso seja aprovado sem modificações, ele seguirá
para sanção do presidente da república. De acordo com João
Alfredo, o principal ponto que deve ser preservado pelos
congressistas no Senado refere-se ao licenciamento ambiental:
“esse aspecto central deve ser preservado pelos senadores”.
Para os produtores que já produzem soja transgênica, a
comercialização da safra deste ano está garantida. O projeto
aprovado estende por mais um ano a Lei que liberou o plantio e a
comercialização da safra de soja geneticamente modificada de
2004. A prorrogação mereceu uma ressalva do deputado João
Alfredo. Segundo ele, a liberação de soja transgênica sem
licenciamento pode ser questionada juridicamente depois. Por
outro lado, o parlamentar lembrou que este “é o preço que se
pagou para aprovação”. |