Brasilia, Brazil
December 16, 2003
O ministro
interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Amauri
Dimarzio, instalou hoje (16/12) a Câmara Setorial da Cadeia
Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais, que tem como objetivo
propor, apoiar e acompanhar ações para o desenvolvimento das
atividades dos setores associados. Para apresentar propostas de
uma nova política para o segmento, a Câmara fará um diagnóstico
sobre os vários aspectos que envolvem a cadeia produtiva,
inclusive atualização de dados estatísticos de produção por
região produtora e os principais entraves para aumento das
exportações.
Ao instalar a
Câmara, Dimarzio disse que os negócios do setor de floricultura
e plantas ornamentais movimenta no mundo cerca de US$ 16
bilhões, sendo que o comércio internacional gira em torno de US$
8 bilhões. O Brasil, afirmou o ministro interino, participa com
2,5% deste mercado, mas pode facilmente atingir de 10% até 20%
se aproveitar suas potencialidades. Ele disse ainda que o
segmento gera emprego e renda na pequena propriedade. “Uma área
pequena de até 3 hectares é suficiente para que o agricultor
familiar tenha rentabilidade”, acrescentou.
O presidente
da Câmara Setorial, Renato Opitz, afirmou que a floricultura
hoje está espalhada em praticamente todos os estados e movimenta
no Brasil, em termos de varejo, quase R$ 2 bilhões. Ele
acrescentou que apesar de a produção atualmente ser mais
constante e de melhor qualidade, será preciso muito trabalho
para vencer as barreiras e ampliar o consumo interno e externo.
“A instalação da câmara é o pontapé inicial de um trabalho longo
e árduo. Será preciso arregaçar as mangas e lutar pelos
interesses de cada segmento”.
Entre as
principais dificuldades para o crescimento do setor, o
presidente aponta as questões fitossanitária, tributação,
registro de cultivares e fomento às exportações. “Na Câmara, nós
queremos atuar nestas quatro áreas, de forma que possamos
desburocratizar o setor e facilitar o comércio tanto interno
quanto externo”, enfatizou.
Amauri
Dimarziou explicou que as regras para a exportação de flores e
plantas ornamentais inclui instalação de câmaras frias com
temperaturas de 4 a 7 graus centígrados nos aeroportos. Além
disso, as flores não podem levar choques térmicos, pois perdem a
qualidade, e o Ministério da Agricultura precisa disponibilizar
técnicos nos locais onde é feita a embalagem e manipulação das
plantas. “São vários temas que temos que trabalhar para que o
Brasil ocupe um lugar de destaque no comércio internacional de
flores e plantas ornamentais”, finalizou o ministro interino.
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